Os ministros da zona do euro aprovaram nesta sexta-feira linhas de crédito no valor total de 240 bilhões de euros para ajudar os países europeus a dar conta dos gastos da luta contra a pandemia.
"O Eurogrupo acorda os termos para a colocação em prática, em 1º de junho, do instrumento de precaução (...) É mais um passo em boa direção", comemorou a ministra espanhola da Economia, Nadia Calviño.
O Mecanismo Europeu de Estabilidade (Mede) - o fundo de resgate - dirigirá o plano, que representa o primeiro passo conjunto para erguer uma economia que deverá ter uma contração de 7,7% do PIB em 2020.
Segundo o acordo de hoje, a Comissão Europeia renunciará à revisão habitual estrita dos países que recebem ajuda do fundo, enquanto o gasto seguir vinculado à luta contra a pandemia. Segundo o comissário europeu de Economia, Paolo Gentiloni, o Executivo comunitário irá supervisionar o uso do dinheiro.
Os países poderão financiar gastos "diretos e indiretos vinculados ao atendimento de saúde, à cura e à prevenção", fórmula que, como desejava a Espanha, vai além do estrito gasto sanitário.
O acordo, que deve ser validado por alguns parlamentos nacionais, como o alemão, abre as portas para que os 19 países da eurozona possam pedir empréstimos de até 2% do seu PIB nacional a juros baixos.
Ao mesmo tempo, os 27 ministros das Finanças da União Europeia (UE) se esforçam para definir um fundo de resgate de mais longo prazo, que permita relançar a economia após a emergência sanitária.
O chefe do Eurogrupo, Mario Centeno, defendeu hoje um plano ambicioso para garantir que a recuperação econômica europeia seja sentida de forma igualitária em um bloco com "diferentes potências de fogo".
