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Estado de Minas

COVID-19 transforma a volta às aulas em Xangai


postado em 07/05/2020 12:01

Máscaras, controle de temperatura, telas de plástico como proteção nas cantinas: desde o retorno às aulas em um colégio de prestígio de Xangai as medidas de precaução estão onipresentes e a efervescência habitual deu lugar a um quase silêncio.

No momento em que vários países europeus programam a reabertura das escolas, o caso da China, onde a COVID-19 quase desapareceu, oferece uma visão de como é possível organizar a vida escolar após a pandemia.

Muitos alunos chineses já retornaram às aulas, principalmente os dos últimos anos do ensino médio. Em Xangai e Pequim, a reabertura dos centros de ensino aconteceu no fim de abril.

Mas nos verdes campos do Liceu de Xangai, uma das instituições do ensino médio de maior prestígio da metrópole de 24 milhões de habitantes, as medidas de distanciamento social mudaram os hábitos.

Acabaram as cenas de multidões ao redor da entrada principal a cada manhã: agora, os alunos entram um por um e sua foto aparece em um monitor, assim como a temperatura corporal.

No centro de ensino de 155 anos de idade, fitas adesivas colocadas no chão estabelecem as distâncias de segurança. As máscaras de proteção são obrigatórias.

O almoço é levado para os alunos nas salas de aula para evitar as concentrações, mas o jantar é servido na cantina para os centenas de alunos que dormem no estabelecimento.

Telas de plástico foram instaladas nas mesas da cantina para separar os jovens. E os cartazes recomendam que "diminuam as interações e se concentrem nas refeições".

Apesar das medidas obrigatórias, os alunos precisavam da volta às aulas, afirma o diretor Feng Zhigang. Os estudantes permaneceram três meses afastados do colégio, limitados ao ensino à distância, via internet.

"É uma decisão responsável, não apenas a respeito dos estudos das crianças, mas também para sua saúde física e mental", declarou Feng durante uma visita à instituição aberta à imprensa.

"Na casa, eles carecem de atividades sociais e, a longo prazo, acompanhar cursos on-line provoca problemas", completou.

Alguns estudantes se mostram "ansiosos" a respeito da COVID-19, destacou o diretor, o que exige uma comunicação reforçada com os professores.

"Todos sabemos que o coronavírus está aí e que precisamos ter cuidado", afirmou Chen Qingzhi, aluno de 17 anos.

"O mais importante é ter confiança e pensar que vamos sair deste momento ruim. No fim das contas, tudo vai terminar", concluiu.


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