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Estado de Minas

Alemanha debate armas nucleares americanas


postado em 03/05/2020 10:25

O debate sobre se a Alemanha deve encerrar sua participação na força de dissuasão dos Estados Unidos na Europa, que inclui armas nucleares, voltou à tona neste domingo (3) e cria tensões no governo da chanceler Angela Merkel.

"Defendo uma posição clara contra o estacionamento, a disponibilização e, naturalmente, o uso de armas nucleares", disse Norbert Walter-Borjans, um dos dois presidentes do Partido Social-Democrata (SPD), em entrevista publicada hoje no jornal "Frankfurter Allgemene Zeitung".

Na mesma linha, o presidente da bancada social-democrata no Parlamento, Rolf Mützenich, afirmou que "as armas nucleares em solo alemão não reforçam nossa segurança, pelo contrário".

"Chegou a hora de a Alemanha excluir o estacionamento no futuro", diz ele no jornal "Tagesspiegel" de hoje.

Após vários fracassos eleitorais, o SPD optou, no ano passado, dar uma guinada à esquerda em seu programa de governo e escolheu uma direção incorporada por esses dois políticos.

A sigla é parceira da coalizão governamental, junto com os conservadores de Merkel.

Suas críticas se concentram no projeto de renovação da frota alemã de caças, atualmente composta por obsoletos aviões Tornado. Sua missão é transportar bombas nucleares dos EUA, no âmbito da força de dissuasão da OTAN na Europa.

O copresidente do SPD se opõe à "aquisição de caças de substituição encarregados de transportar bombas nucleares", o que significaria uma ruptura radical com a política de segurança atlântica aplicada pela Alemanha desde o final da Segunda Guerra Mundial.

Para substituir os Tornados, a ministra alemã da Defesa, Annegret Kramp-Karrenbauer, acaba de recomendar a compra não apenas de 93 aeronaves europeias Eurofighter, como também de 45 F-18 americanos, destinados a continuar carregando bombas nucleares dos EUA.

A polêmica causa indignação entre os conservadores de Angela Merkel. O SPD esquece que "as armas nucleares americanas servem primeiro para nossa proteção", rebateu o político conservador Patrick Sensburg ao jornal "Handelsblatt".


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