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Estado de Minas

Vídeo: Brasileira conta como Holanda volta a 'novo normal', depois da COVID-19

A brasileira Alice Barreto conta como a COVID-19 chegou à Holanda e como os hospitais trabalharam em conjunto para suprimir os casos de coronavírus o mais rápido possível no país


postado em 30/04/2020 14:49 / atualizado em 30/04/2020 15:49

Cartaz afixado em frente a uma clinica de saúde:
Cartaz afixado em frente a uma clinica de saúde: "Devido ao Corona não apertamos mais as mãos Lave as mãos assim que chegarem a policlínica" (foto: Alice Barreto/divulgação)
Sistema de Saúde eficiente e população  engajada com as diretrizes governamentais contra o coronavírus se tornaram grandes aliados no combate COVID-19 na Holanda. O pico da doença nos Países Baixos ocorreu por volta de 8 de abril e o distanciamento social foi essencial para que números de infectados e de mortes fossem baixos. Pela internet, a médica psiquiatra Alice Barreto, que mora na Holanda há 20 anos, conta os detalhes do cotidiano no país. No depoimento, Alice destaca como tem atendido os pacientes e como podemos ser mais empáticos nesse "novo normal pós-pandemia".


Leia o relato completo:

“Meu nome é Alice Barreto, eu sou médica psiquiatra da infância da adolescência, moro nos Países Baixos, Holanda, já há 20 anos. Eu tenho feito muitos atendimentos virtuais, por vídeo-chamada ou por telefonema, e as coisas têm acontecido bastante bem. A gente tem aprendido muito durante essa crise.

A gente aqui começou com esse problema do coronavírus e a doença COVID-19 no carnaval deste ano. A doença chegou vinda da Itália ao Sul da Holanda, que é católico e festeja o carnaval. Nessa região, aconteceram muitas internações, muitos falecimentos, muitas internações em estado crítico. No Norte da Holanda, a gente teve menos casos. Nós chegamos a  quase encostar no nosso limite máximo de leitos de terapia intensiva.

Foi incrível o trabalho conjunto de todos os hospitais. Nós não temos vários níveis de Saúde; nós só temos um nível, o nível segurado. Seguro de Saúde na Holanda é compulsório. Nós não temos vários sistemas que correm paralelamente, como acontece no Brasil. Então, isso torna mais fácil o trabalho conjunto entre todos os serviços de saúde.

Restaurante
Restaurante "to go" na Holanda, cartaz com os dizeres: "Detalhe no caixa: não chegue perto demais, por favor. Eles mordem!" (foto: Alice Barreto/divulgação)
Agora, desde 8 de abril, os casos têm declinado, os casos graves. Está tendo cada dia menos internações hospitalares, cada dia menos leitos ocupados com pacientes por COVID-19. E por causa disso, hoje são 23 de abril, o governo decidiu que no próximo 11 de maio, as escolas primárias, (que atendem crianças) até 12 anos de idade, serão reabertas. O resto, teatros, cinema, restaurantes, lanchonetes, fisioterapeuta, dentistas, todas esse setores e profissões de contato em lugares onde o público fica, continuam fechados.

A gente tem reavaliado o que realmente é importante. E é a saúde, é o amor, é a amizade, o contato social, que agora não está sendo pessoal, mas sim virtual, mais intenso e até mais próximo do que a pura proximidade física.

Eu espero que a gente leve essas lições, e que a gente inaugure um "novo normal", que seja um normal melhor do que o normal até antes dessa crise. Cuide bem de você mesmo, cuide bem dos seus parentes, cuide bem de quem você ama, enquanto for necessário fique em casa, mantenha distância.” 

(* Estagiário sob supervisão do subeditor Fred Bottrel)


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