O Irã anunciou, nesta segunda-feira (27), um aumento significativo nas mortes diárias por coronavírus, mas o número oficial de novas infecções caiu abaixo dos mil casos em 24 horas - a primeira vez em mais de um mês.
Entre o meio-dia de domingo e esta segunda-feira, no mesmo horário, foram registradas 96 mortes por COVID-19, elevando o número de óbitos para 5.806, disse o porta-voz do Ministério iraniano da Saúde, Kianoush Jahanpour.
Ontem, em sua entrevista coletiva diária, Jahanpour informou uma queda nas mortes, 60, o menor número diário oficial desde 10 de março.
Ainda de acordo com o porta-voz, o Irã registrou 991 novos casos de contágio entre domingo e segunda-feira, e o número total de casos confirmados em todo país chega oficialmente a 91.472.
Além das mortes por coronavírus, mais de 700 pessoas morreram durante o primeiro mês do ano iraniano (20 de março a 19 de abril) por beberem álcool adulterado, ecoando rumores de que os espíritos "protegem contra o coronavírus", lamentou Jahanpour.
O consumo e a venda de álcool são proibidos na República Islâmica, mas a mídia local relata, com frequência, episódios de envenenamento fatal por bebidas contrabandeadas.
Desde 11 de abril, o Estado autorizou a reabertura gradual do comércio e suspendeu as restrições de movimento dentro do país, impostas para combater a propagação do coronavírus.
Escolas, universidades, mesquitas, santuários xiitas, cinemas, estádios e outros locais de encontro estão fechados em todo país. Desde sábado, o Irã se encontra ao ritmo do Ramadã, o mês do jejum sagrado muçulmano.
No domingo, as autoridades começaram a mencionar a possibilidade de reabrir mesquitas nas regiões menos afetadas, sem explicar exatamente quais seriam os critérios a serem aplicados.
No exterior, especula-se que os números oficiais iranianos estejam subestimados.