Cerca de 37.500 venezuelanos se beneficiaram em 2019 da proteção internacional nos então 28 países da União Europeia (UE), a grande maioria na Espanha - informou o Escritório europeu de Estatística (Eurostat), nesta segunda-feira (27).
Em 2019, os atuais 27 países do bloco e o Reino Unido responderam positivamente a 321.735 pedidos de proteção internacional em primeira instância, ou após recurso, afirmou o Eurostat.
Deste total, 79.415 dos pedidos de asilo aceitos correspondem aos cidadãos da Síria, os mais numerosos, seguidos pelos nacionais do Afeganistão (42.005) e da Venezuela.
"O número de venezuelanos aumentou 40 vezes em 2019 em comparação a 2018", quando os pedidos aceitos não chegaram a 1.000, informou o mesmo órgão, em um comunicado.
Com 35.275 solicitações, a Espanha concentra 94% dos pedidos de proteção aceitos em 2019 para os venezuelanos, principalmente por razões humanitárias, seguida de Itália (1.425) e França (310).
Ao todo, 44.790 venezuelanos solicitaram pela primeira vez asilo na UE em 2019, ficando atrás apenas de sírios (75.740) e afegãos (54.675). Foram registrados 656.935 primeiros pedidos de proteção.
Quase 5 milhões de migrantes e refugiados venezuelanos deixaram seu país, envolvido em uma profunda crise política, econômica e humanitária.
Em 2019, os países europeus rejeitaram 556.300 pedidos de proteção, incluindo 1.980 venezuelanos - especialmente na França (395), Bélgica (375) e Espanha (370).