(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Paquistaneses lotam mercados e mesquitas no início do Ramadã

População saiu às ruas para comprar comida e também para celebração de orações e congregações em várias regiões do país


postado em 25/04/2020 16:55 / atualizado em 25/04/2020 18:40

Longas filas e aglomerações se formaram por causa da celebração do Ramadã no Paquistão(foto: Aamir Qureshi/AFP)
Longas filas e aglomerações se formaram por causa da celebração do Ramadã no Paquistão (foto: Aamir Qureshi/AFP)
Os paquistaneses foram às ruas em massa neste sábado (25), em seu primeiro dia do Ramadã, lotando mercados e mesquitas, apesar das advertências para que permaneçam em casa devido ao novo coronavírus.


O governo do primeiro-ministro Imran Khan permitiu a celebração de orações e congregações todas as noites nas mesquitas, mas com certas medidas de proteção.


Khan já havia apontado que o Paquistão não poderia impor um confinamento rígido, como em outros países.


A cúpula militar, no entanto, pareceu contradizer o governo neste sábado ao pedir publicamente que as orações sejam feitas em casa, e alertar que "os próximos 15 dias são cruciais" para que a pandemia não se propague massivamente.


Apesar disso, os fiéis saíram às ruas em grande número, em um país de 215 milhões de habitantes no qual os líderes religiosos possuem grande influência.


Milhares de pessoas passearam pelos mercados nos arredores de Rawalpindi, uma guarnição militar junto a Islamabad. Alguns usavam máscaras, mas muitos outros caminhavam sem nenhuma proteção, comprando a comida que será servida para romper o jejum quando o sol se pôr.


Antes vazio pelo isolamento social, comércio local paquistanês ficou lotado neste sábado(foto: Aamir Qureshi/AFP)
Antes vazio pelo isolamento social, comércio local paquistanês ficou lotado neste sábado (foto: Aamir Qureshi/AFP)
Cenas parecidas também foram vistas na cidade de Peshawar (noroeste) e Lahore (leste).


Muneeb Khan, de 27 anos, disse que estava cansado de usar máscara e luvas.


"Por quanto tempo vamos ter que usá-las? Já estou cansado, dependendo de como me sinto eu as coloco, às vezes não", contou à AFP enquanto fazia compras em uma farmácia.


Embora as mesquitas de Islamabad tenham registrado um fluxo menor, o distanciamento social foi totalmente ignorado.


Zafar Mirza, assessor especial para questões de saúde do primeiro-ministro, criticou este comportamento.


"Isso vai contra as normas e diretrizes", disse a jornalistas.


"Paquistão atravessa uma fase muito crucial e, se não tomarmos medidas preventivas, essa doença vai se espalhar rapidamente", alertou.


O Paquistão registrou até agora 12.000 casos de COVID-19 e 256 mortes.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)