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Estado de Minas

Ao menos 17 pessoas morrem em ataque em parque natural na RDCongo


postado em 24/04/2020 19:55

Ao menos 17 pessoas morreram nesta sexta-feira (24) em uma emboscada montada por um grupo armado no interior do parque natural de Virunga, no leste da República Democrática do Congo, informou à AFP um porta-voz da reserva natural mais antiga da África.

De acordo com funcionários do parque, 12 guardas florestais morreram no ataque, assim como um motorista das instalações, e outros quatro civis "sem qualquer relação" com o local.

Outros cinco guardas florestais ficaram feridos, dois deles gravemente, assim como dois civis.

Este é um dos ataques mais graves contra os guardas florestais na região, onde grupos armados são muito ativos.

O ataque, não reivindicado, ocorreu no norte de Goma, nos limites do parque de Virunga, cuja superfície (7.769 km2) abrange parte da província do Kivu do Norte (cerca de 60.000 km2), ao longo da fronteira com Ruanda e Uganda.

Segundo a administração do parque, o ataque ocorreu perto da sede de Virunga em Rumangabo, nas montanhas do território Rutshuru.

"Ao retornar de uma missão ao quartel general, os guardas foram vítimas de um ataque de indivíduos, numerosos e fortemente armados. As trocas de tiros duraram 30 minutos e foram de uma violência incrível", informaram os funcionários.

Segundo a mesma fonte, tratou-se de uma emboscada "cujas motivações ainda não foram estabelecidas", embora "informações precisas obtidas nas últimas horas apontem para o grupo armado Frente Democrática para a Libertação de Ruanda (FDLR) como responsável pelo massacre".

A FDLR é um grupo de rebeldes hutus ruandeses que fugiram para a RDC. Seus fundadores participaram do genocídio contra os tutsis em 1994.

O líder máximo da FLDR, Sylvestre Mudacumura, foi assassinado no Kivu do Norte em 18 de setembro, anunciaram na ocasião as autoridades congolesas.

No entanto, há vários meses circulam persistentes boatos sobre a presença direta do exército ruandês em solo congolês para liderar a ofensiva contra a FDLR, junto com as forças locais.

Inaugurado em 1925, o Parque Natural de Virunga é um santuário de gorilas das montanhas. Também é área de atuação de numerosos grupos armados ativos na região.

As visitas no interior do parque foram suspensas em 19 de março "por um mínimo de 30 dias" no âmbito das medidas preventivas adotadas pelas autoridades frente à pandemia do novo coronavírus, informou o ICCN em seu site.

A partir de maio de 2018, o parque de Virunga suspendeu suas atividades turísticas por questões de segurança, após o sequestro de dois turistas britânicos, que acabaram sendo libertados. Neste ataque morreu um guarda florestal. O parque de Virunga tinha retomado as atividades turísticas em fevereiro de 2019.


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