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Estado de Minas

Bolsonaro encontra manifestantes que pedem fim da quarentena e pedem intervenção militar


postado em 19/04/2020 17:37

O presidente Jair Bolsonaro discursou neste domingo para manifestantes que, quebrando a quarentena por causa do novo coronavírus, se reuniram em frente ao Quartel General do Exército em Brasília para solicitar intervenção militar e o fechamento do Congresso.

"Não queremos negociar nada", gritou o presidente, subindo em um caminhão para os manifestantes que estavam no local com faixas pedindo "intervenção militar agora com Bolsonaro" e para defender a AI-5 (Ato Institucional número 5), que em 1968 fechou o Congresso e aboliu inúmeras garantias constitucionais.

"Estou aqui porque acredito em vocês e vocês estão aqui porque acreditam no Brasil", gritou Bolsonaro diante da aglomeração da qual ele permaneceu alguns metros distante.

Crianças e idosos, alguns usando máscaras, estavam na linha de frente da manifestação, que reuniu cerca de 600 pessoas.

Bolsonaro critica constantemente os líderes do Congresso, os governadores e prefeitos que defendem as medidas de quarentena e de distanciamento social para conter a disseminação do coronavírus que no Brasil já causou mais de 2.300 mortes e quase 36.600 infecções.

O presidente menospreza a letalidade do vírus, que ele descreve como "gripezinha", promove aglomerações e fala repetidamente em favor da abertura do comércio e das escolas.

"Vocês têm a obrigação de lutar pelo seu país. Contem com o seu presidente para fazer o que for necessário para que possamos manter a democracia e garantir o que é mais sagrado para nós que é a nossa liberdade", disse Bolsonaro, que em intervenções anteriores condenou as restrições ao movimento e à atividade comercial implementadas no país devido à crise do coronavírus.

No breve discurso, o presidente não questionou o pedido de intervenção militar ou os pedidos a favor do fechamento do Congresso.

"Todos no Brasil precisam entender que estão sujeitos à vontade do povo brasileiro", disse ele.

"Juramos um dia dar a vida por nosso país e faremos o possível para mudar o destino do Brasil", disse Bolsonaro, interrompendo seu discurso devido a uma crise de tosse.

São Paulo também registrou carreatas à tarde contra a quarentena. O estado, com quase 1.000 mortes e mais de 13.000 casos, é o epicentro da doença.

No cemitério de Vila Formosa, o maior da América Latina, as escavadeiras são usadas para abrir mais covas.


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