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Estado de Minas COVID-19

Criticada internacionalmente, China corrige balanço de mortes por coronavírus

Com os novos números, o total de óbitos na China saltou de 3.342 para 4.632 mortos


postado em 18/04/2020 04:00

Na fábrica da Honda, em Wuhan, cidade de onde a COVID-19 saiu para infectar o mundo, funcionários fazem a refeição respeitando a distância mínima estabelecida(foto: STR/AFP)
Na fábrica da Honda, em Wuhan, cidade de onde a COVID-19 saiu para infectar o mundo, funcionários fazem a refeição respeitando a distância mínima estabelecida (foto: STR/AFP)


Alvo de críticas pela falta de transparência quando o novo coronavírus foi detectado, o governo chinês revisou os números e anunciou ontem 1.300 mortos adicionais na pandemia que paralisa o mundo, ao mesmo tempo em que países como a Alemanha apresentam sinais de esperança ao afirmar que a situação está sob controle.

Os balanços oficiais de Pequim de contágios e mortes provocadas pelo coronavírus provocam suspeitas há várias semanas. Ontem, as autoridades chinesas insistiram em que não ocultaram dados, e sim que aconteceram “omissões” e “atrasos”. A China havia anunciado até o momento 3.342 mortes e mais de 82 mil contágios em um país de quase 1,4 bilhão de habitantes.

Ontem, Wuhan, cidade do centro da China em que o vírus foi detectado em dezembro, explicou que, no pico da epidemia, alguns pacientes morreram em casa, porque não tinham condições de serem atendidos em hospitais. Estes óbitos não tinham sido contabilizados. Com os novos números, o balanço total na China subiu para 4.632 mortos.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trumpo, anunciou nesta semana uma “reabertura” por etapas das atividades econômicas no país, mas ontem ele voltou à questão do número de mortos na China, depois que a cidade de Wuhan adicionou 1.300 mortes ao total de falecimentos pelo novo coronavírus. “A China acaba de anunciar uma duplicação no número de mortes pelo Inimigo Invisível. É muito maior que isso e muito maior que o dos Estados Unidos, nem chega perto!”, escreveu no Twitter o presidente americano.

Atualmente, os Estados Unidos são o país com mais mortes relatadas pelo vírus, com cerca de 33 mil óbitos. Líderes na França e no Reino Unido também criticaram a forma como a China lidou com a crise, e o presidente francês, Emmanuel Macron, disse que seria “ingênuo” pensar que Pequim lidou bem com a pandemia.

FALHA NO LABORATÓRIO?

Desde dezembro, o novo coronavírus matou mais de 145 mil pessoas e infectou 2,1 milhões, de acordo com um balanço baseado em dados oficiais, provavelmente inferior ao custo humano real desta pandemia. As perguntas sobre a origem do vírus são inúmeras. Até agora, muitos acreditam que surgiu em um mercado de Wuhan ao ar livre, onde certas espécies exóticas de animais eram vendidas. O novo coronavírus seria de origem animal, semelhante a um patógeno presente em morcegos, que teria sido transmitido ao homem e sofrido mutação.

A imprensa americana levantou uma nova hipótese. O jornal The Washington Post informou que a embaixada dos Estados Unidos em Pequim alertou há dois anos sobre as escassas medidas de segurança de um laboratório que estudava os coronavírus dos morcegos. De acordo com o canal Fox News, o novo coronavírus teria surgido neste local, em consequência de um erro involuntário.

PEQUIM NEGA

Pequim, sob críticas internas e externas por supostamente ter subestimado a situação e favorecido a disseminação do vírus, respondeu ontem às acusações. “Nunca ocultamos nada e nunca autorizamos ocultação”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian.

Mais da metade da humanidade está confinada em suas casas, enquanto os governos tentam conter a propagação do vírus mortal. Os líderes mundiais estão tentando descobrir quando – e como – relaxam as medidas de contenção para reativar a economia devastada. Trump está ansioso para liberar a retomada da atividade econômica, enquanto outros países europeus também afetados pelo vírus estão lentamente se movendo em direção à normalidade, com a reabertura de algumas lojas e escolas.


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