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Estado de Minas

Tour de France busca uma nova data


postado em 14/04/2020 21:25

O adiamento do Tour de France, que parece inevitável após a mensagem de segunda-feira do presidente Emmanuel Macron, coloca um grande ponto de interrogação sobre o evento que se vê confrontado pela primeira vez com uma situação dessa natureza, mas seus organizadores continuam em silêncio no momento.

De acordo com o jornal regional francês Le Dauphiné, que publicou as informações nesta terça-feira, o Tour de 2020 começará no dia 29 de agosto em Nice e terminará em 20 de setembro em Paris, seguindo o caminho planejado de suas três semanas.

A empresa ASO (Amaury Sport Organization), que costuma entrar em contato, prioritariamente, com os gestores locais das cidades das etapas e dos territórios afetados, não confirmou essas novas datas nesta terça.

Previsto inicialmente para ocorrer entre 27 de junho e 19 de julho, o Tour entra na zona temporária de grandes eventos proibidos (até meados de julho) de acordo com o anúncio feito na segunda-feira pelo Presidente da França. Os ciclistas, que ainda devem permanecer confinados, não puderam se preparar a tempo para a Grande Largada, marcada com menos de dois meses (o prazo estabelecido pelo diretor do Tour Christian Prudhomme) após o primeiro treino, depois do suposto fim do confinamento, no dia 11 de maio.

Incerteza. A palavra foi dita pelo ministro do Interior francês, Christophe Castaner, sobre o Tour. "Cabe aos organizadores analisar sua capacidade de organizar o evento e adiá-lo", disse o ministro, que deixou a responsabilidade nas mãos da ASO.

- Diferentes hipóteses -

Se falou em uma primeira hipótese de adiar o Tour em um mês e começar no final de julho. Esta possibilidade, no entanto, encontra alguns inconvenientes. Em primeiro lugar, a proximidade do sinal verde dado por Emmanuel Macron às aglomerações. Mas também a dificuldade de realizar uma corrida preparatória como o Dauphiné antes do início do Tour, assim como o problema causado pela capacidade limitada de hotéis em locais turísticos durante a primeira quinzena de agosto.

Uma das hipóteses seria mudar para meados ou final de agosto até setembro. As complicações anteriores desapareceriam, mas as datas coincidiriam com a 'Vuelta a España', outra das três grandes competições, também organizadas pela ASO, embora o Tour de France seja a de maior prestígio do calendário.

A escolha de mudar para o final do verão, em setembro, leva em consideração a melhoria esperada na situação de saúde. Uma condição sine qua non para um evento que é muito mais que uma corrida de bicicleta, uma festa inseparável do público a ponto de a hipótese de uma sessão fechada, uma corrida sem espectadores, ter desaparecido.

- Especialistas avaliam riscos -

As incertezas levaram muitos a se manifestarem sobre o assunto, especialmente considerando que o Tour, o ponto alto da temporada do ciclismo, é acima de tudo essencial para o equilíbrio econômico desse esporte.

"É muito simples. Se o Tour não acontecer, as equipes poderão desaparecer, ciclistas e membros das equipes técnicas ficarão sem emprego", resumiu à AFP Marc Madiot, chefe da equipe Groupama-FDJ e presidente da Liga Nacional Francesa de Ciclismo.

Os ciclistas são os primeiros convencidos. "Obviamente, espero que possamos realizar o Tour: para mim, para minha equipe, para o esporte e para todos os fãs", afirmou o último vencedor da corrida, o colombiano Egan Bernal.

"Evidentemente, há coisas mais importantes a serem resolvidas primeiro, mas como não há mais perigo e estamos prontos para seguir adiante, gostaríamos que o Tour acontecesse", disse seu antecessor, o galês Geraint Thomas.

"As pessoas que ficam à beira da estrada para assistir os ciclistas passarem não são um perigo", afirmou o virologista belga Marc Van Ranst no sábado na emissora de televisão de seu país, Sporza. "Por outro lado, as distâncias entre os espectadores são mais problemáticas nas largadas e chegadas das etapas", disse ele.

O médico de emergência francês Patrick Pelloux, que falou na Francetvsport, defende que o Tour possa ocorrer: "Seria um retorno simbólico da França".


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