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Estado de Minas

Moçambique investiga conexões de líder do PCC detido em Maputo


postado em 14/04/2020 12:43

As autoridades de Moçambique estão investigando as conexões de Gilberto Aparecido dos Santos, conhecido como "Fuminho", um dos principais líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC), detido na segunda-feira em Maputo - informou a polícia do país africano nesta terça-feira (14).

"Fuminho", que estava foragido há mais de 20 anos, chegou a Moçambique em meados de março. Ele foi preso em um hotel de luxo de Maputo ao lado de dois nigerianos.

Durante a operação, realizada com participação de agentes do Brasil, de Moçambique e da agência antidrogas dos Estados Unidos (DEA), os agentes encontraram dois passaportes nigerianos e um passaporte brasileiro falso, 100 gramas de maconha, 15 telefones celulares, cinco malas, um carro, 34.700 meticals (moeda moçambicana, US$ 500), 5.000 rands (US$ 273) em dinheiro e três relógios em poder do criminoso, informou Leonardo Simbine, porta-voz da polícia de Moçambique.

"Ele não opera sozinho, faz parte de uma quadrilha", disse o porta-voz, antes de acrescentar: "Ainda estamos investigando para saber se ele tem conexões em Moçambique. Ele é um barão da droga, sobre ele já recaía um mandado de captura internacional".

Ao ser questionado sobre uma extradição para o Brasil, o policial considerou prematuro falar sobre o tema.

"Posteriormente iremos nos pronunciar sobre isso", concluiu.

"Fuminho" era considerado "o maior fornecedor de cocaína a uma facção com atuação em todo Brasil, além de ser responsável pelo envio de toneladas da droga para diversos países do mundo", afirmou a Polícia Federal (PF) em um comunicado divulgado na segunda-feira.

Surgido nos anos 1990 nos presídios de São Paulo, o PCC é, segundo especialistas, uma das maiores e a mais estruturada facção criminosa do Brasil.

Nos últimos anos, destacou-se seu fortalecimento em vários estados brasileiros, na tentativa de controlar a rota da cocaína procedente de Colômbia, Peru e Bolívia, os maiores produtores do entorpecente.

O líder do PCC, Marcos Willians Herbas Camacho, conhecido como Marcola, cumpre pena de mais de 200 anos de reclusão em um presídio de Brasília, sob estrito dispositivo de segurança.

Segundo o documento da PF divulgado na segunda-feira, "Fuminho" estaria financiando um plano de resgate de Marcola.


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