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Estado de Minas

Mandato de Gantz expira, mas presidente de Israel dá 48 horas para formar governo


postado em 13/04/2020 19:19

O mandato de Benny Gantz para formar um governo em Israel expirou na noite desta segunda-feira (13), ao mesmo tempo em que ele havia sugerido ao primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, a formação de um governo de "unidade e emergência" em plena crise da COVID-19.

Apesar do fim do prazo, o presidente de Israel, Reuven Rivlin, concedeu 48 horas para Gantz e Netanyahu formarem um governo.

É a "hora da verdade", disse mais cedo nesta segunda Gantz ao seu antigo rival, Benjamin Netanyahu, na esperança de concluir um acordo para formar um governo de união nacional e enfrentar a crise do novo coronavírus.

Gantz, antigo chefe de estado-maior do Exército e chefe da formação centrista Kahol Lavan (Azul e Branco, as cores da bandeira de Israel), tinha recebido a incumbência de formar um governo após as eleições legislativas de 2 de março, as terceiras em um ano, que deviam, em teoria, distanciar os dois candidatos.

Ao renunciar, a curto prazo pelo menos, ao plano de se tornar primeiro-ministro, Gantz surpreendeu ao anunciar no final de março sua intenção de formar um governo com seu rival para criar em Israel um governo de "união e emergência".

Antes de seu mandato expirar, os dois lados tinham anunciado que continuavam negociando para formar um governo de união, mas o tempo era curto já que o mandato de Gantz terminaria à meia-noite da segunda para a terça, hora local, 18h de segunda, horário de Brasília.

Em caso de fracasso, o presidente israelense poderia pedir ao Parlamento que indicasse um candidato potencial para formar o próximo governo.

"Netanyahu, chegamos à hora da verdade. Os israelenses esperam que coloquemos de lado nossas diferenças e que trabalhemos juntos para eles", disse Gantz, em um pronunciamento que foi ao ar nesta segunda.

"A situação de urgência me fez forçar a renunciar ao meu compromisso de não participar de um governo dirigido por Netanyahu", acrescentou Gantz.

O apoio desse último a um governo de união dirigido por seu rival contribuiu para a implosão de seu próprio partido, Azul e Branco.

"Não é muito tarde para dar um passo atrás", disse na segunda Moshe Yaalon, um dos dissidentes do Azul e Branco, pedindo a Gantz que não formasse um governo com Netanyahu, de 70 anos, acusado de corrupção em uma série de casos.

Ainda na segunda, a imprensa israelense se questionava sobre a vontade de Netanyahu, primeiro-ministro que dirige há mais de um ano um governo de transição, a selar um pacto com Gantz.

Segundo algumas opiniões, Netanyahu poderia estar apostando em uma quarta eleição e aproveitando-se das pesquisas favoráveis que coincidem com a pandemia do novo coronavírus que infectou mais de 11.000 pessoas e provocou 115 mortes no país, segundo o último balanço das autoridades da saúde.


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