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Estado de Minas

Volta ao trabalho é tímida na Espanha, que tem queda no balanço de mortes

Atividades estão sendo retomadas principalmente na construção civil e indústria; escolas, casas de shows e locais de eventos esportivos seguem fechados


postado em 13/04/2020 09:43 / atualizado em 13/04/2020 10:06

movimento nas ruas voltou de forma acanhada depois de duas semanas de confinamento total(foto: JORGE GUERRERO / AFP)
movimento nas ruas voltou de forma acanhada depois de duas semanas de confinamento total (foto: JORGE GUERRERO / AFP)

Alguns setores na Espanha retornam com prudência ao trabalho nesta segunda-feira (13), quando o balanço diário de mortes provocadas pelo coronavírus registra uma queda, com 517 vítimas fatais em 24 horas, segundo o Ministério da Saúde.


Depois de uma paralisação de duas semanas, o país retoma hoje as atividades em setores considerados não essenciais da economia, principalmente na construção civil e indústria, apesar da continuidade do confinamento dos 47 milhões de espanhóis e da recomendação do governo para que as pessoas respeitem as medidas de distanciamento social.


Escolas, universidades, casas de shows e locais para eventos esportivos permanecem fechados.


Diante do temor de aumento dos contágios, o governo começa a distribuir nesta segunda-feira 10 milhões de máscaras nos transportes públicos, uma iniciativa que "vai muito bem", nas palavras do ministro dos Transportes, José Luis Ábalos.


"A distribuição vai muito bem, porque algumas pessoas não têm máscaras nem luvas. É bom para algumas pessoas porque as farmácias não vendem, porque estão em falta, e algumas estão sem proteção, um perigo para as outras pessoas", declarou à AFP na estação de Atocha (Madri) Blanca Cisneros, que trabalha em uma casa de repouso.


"Vem em boa hora para quem usa transporte público", comentou José Antonio Cruces, que recebeu uma máscara a caminho do trabalho e contou que "foi muito difícil" conseguir uma nos últimos dias.


"Estão muito caras e estão esgotadas" nas farmácias, reclamou a auxiliar de enfermagem Brenda Palacios.


A estação de Atocha não estava lotada. O metrô de Madri anunciou que registrou nesta segunda de manhã um aumento de 34% do número de passageiros na comparação com a semana passada, mas um número 86% menor do que o observado na mesma data em 2019.


Os sindicatos abordaram com cautela a retomada da atividade nos serviços não essenciais e fizeram um apelo aos empresários para que ajam com responsabilidade.


"As empresas têm que fornecer os equipamentos para podermos nos proteger", disse Pepe Álvarez, secretário-geral da UGT, um dos principais sindicatos do país.


Onde não houver presença sindical, frisou Álvarez, "os empresários têm que extremar as condições" de segurança.


"Os empresários nunca vão burlar as normas", rebateu o presidente da patronal CEOE, Antonio Garamendi, em entrevista ao jornal digital El Confidencial.


Garamendi advertiu que, "como consequência desta crise econômica [derivada da pandemia], muitas empresas vão cair, porque não conseguirão aguentar". Entre outras medidas, ele defendeu o adiamento de impostos.


Depois de uma leve alta no domingo, a Espanha registrou nesta segunda-feira uma nova queda no balanço diário de mortes provocadas pela COVID-19, com 517 vítimas fatais.


Terceiro país com mais óbitos pelo novo coronavírus no mundo, atrás de Estados Unidos e Itália, a Espanha registra 17.489 mortes em consequência da doença.


O país também observou o menor número de contágios diários desde 20 de março. O dado global de casos confirmados na Espanha alcança 169.496.


As autoridades de saúde afirmam que o pico da epidemia ficou para trás, depois que o país chegou a registrar 950 mortes no dia 2 de abril.


"Hoje começamos uma nova semana de esforço continuado para vencer nosso vírus querido, a COVID-19 [sic]. A vitória está próxima, mas não podemos baixar a guarda", frisou o chefe do Estado-Maior da Defesa, general Miguel Ángel Villarroya.


Apesar da mensagem de esperança, o primeiro-ministro Pedro Sánchez advertiu no domingo que o país ainda está longe da vitória contra a COVID-19. Ele afirmou que, provavelmente, o confinamento da população deve ser prolongado para além de 25 de abril, data oficial do fim da medida.


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