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Estado de Minas

OMS nega ter recebido alerta precoce de Taiwan sobre transmissão entre humanos do coronavírus


postado em 10/04/2020 09:55

A OMS negou, nesta sexta-feira (10), ter recebido e negligenciado um alerta precoce de Taiwan sobre a transmissão entre humanos do novo coronavírus após o aparecimento do surto na China em dezembro, como acusa Washington.

Os Estados Unidos acusam a Organização Mundial de Saúde de um viés a favor da China e afirmam que a agência ajudou Pequim a "esconder" a gravidade da epidemia.

O presidente Donald Trump chegou ao ponto de ameaçar suspender a importante contribuição financeira americana para o orçamento desta agência da ONU, que está no centro da resposta à pandemia.

Acima de tudo, o governo Trump destaca informações segundo as quais Taiwan "notificou a OMS em dezembro de 2019 de uma possível transmissão do coronavírus entre seres humanos, com base na contaminação entre o pessoal médico em Wuhan", o berço do epidemia na China.

"Também estamos profundamente perturbados pelo fato de que as informações de Taiwan não foram compartilhadas com a comunidade global de saúde, conforme refletido na declaração da OMS de 14 de janeiro de 2020 de que não havia evidências de 'uma transmissão entre seres humanos'", ressaltou a diplomacia americana.

Em um e-mail enviado à AFP nesta sexta-feira, a OMS nega as acusações americanas.

A organização da ONU alega ter recebido um e-mail das autoridades de Taiwan em 31 de dezembro de 2019, no qual relataram "informações da imprensa sobre casos de pneumonia atípica em Wuhan" e o fato "de que as autoridades de Wuhan acreditavam que 'não era SARS'", a Síndrome Respiratória Aguda Grave que matou 774 pessoas, principalmente na Ásia, entre 2002 e 2003.

"Não houve menção neste e-mail sobre uma transmissão de humano para humano", segundo a OMS.

A agência disse ainda que perguntou às autoridades de Taiwan "como comunicaram" suas suspeitas sobre essa transmissão porque, ela insiste, "só temos conhecimento desse único e-mail que não menciona uma transmissão entre humanos".

"Mas não recebemos resposta", acrescentou a Organização Mundial da Saúde.

O chefe da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, pediu esta semana para não "politizar o vírus". Ele recebeu o apoio do secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, que considerou que "não era o momento" de criticar uma organização "essencial".

As relações entre a OMS e Taiwan já eram tensas muito antes do início da pandemia, mas se deterioraram nos últimos três meses.

Esta ilha, que Pequim considera parte do território chinês, foi excluída da OMS, na qual gozava de status de observador até 2016, o ano da chegada ao poder de Tsai Ing-wen, que se recusa a reconhecer o princípio da unidade de Taiwan e da China continental no mesmo país.


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