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Estado de Minas

Transatlântico australiano com casos de Covid-19 vai atracar em Montevidéu


postado em 08/04/2020 19:25

O transatlântico australiano Greg Mortimer, bloqueado com 128 casos de Covid-19 a bordo, vai atracar na próxima sexta-feira no porto de Montevidéu, para que 112 passageiros que voarão para Melbourne sejam evacuados, confirmaram nesta quarta-feira à AFP fontes da Chancelaria e da Marinha.

"A chegada do transatlântico está prevista para a tarde de sexta-feira. O objetivo é organizar um cordão sanitário até o Aeroporto de Carrasco", informou a Marinha uruguaia.

O avião médico que irá evacuar os passageiros australianos e neo-zelandeses chegará amanhã ao Uruguai, de onde partirá para a cidade australiana de Melbourne na madrugada de sábado, informaram fontes da Chancelaria.

Uma vez desembarcados, os passageiros do navio entrarão em ônibus que os levarão diretamente para a pista de pouso, onde embarcarão no Airbus A340 fretado pela empresa australiana Aurora Expeditions, proprietária do transatlântico.

"Não irão passar pela imigração, o contato humano será praticamente nulo", detalhou o chanceler Ernesto Talvi a uma rádio uruguaia. Segundo ele, o avião contará com uma equipe médica a bordo e autoridades australianas receberão uma lista dos passageiros, classificados segundo seu estado de saúde.

Talvi esclareceu que "todos os que irão embarcar apresentam sintomas leves ou estão assintomáticos". Mais cedo, no Twitter, confirmou que são 112 os australianos e neo-zelandeses que serão evacuados em um corredor humanitário cuja coordenação envolve seis ministérios.

Os passageiros europeus e americanos terão que esperar um pouco mais. A Aurora Expeditions informou ontem que os que testaram positivo para coronavírus "deverão esperar até terem um resultado negativo" para organizar sua saída através de São Paulo e, em seguida, até seu destino final.

Os que deram negativo poderão ser removidos nos próximos dias, "sujeitos a um segundo teste e à autorização do governo uruguaio".

- Cooperação estreita -

A chanceler da Austrália, Marise Payne, havia indicado hoje, em entrevista no rádio, que estava em contato permanente com o colega uruguaio devido à "situação muito difícil" do navio. "Estamos trabalhando muito de perto para tentar organizar um voo fretado o quanto antes e garantir que o maior número possível de australianos que estejam nesse navio possam voar", afirmou.

O transatlântico Greg Mortimer, com bandeira das Bahamas e operado pela empresa australiana Aurora Expeditions, está ancorado a 20km do porto de Montevidéu, com mais de 200 pessoas a bordo, desde 27 de março, depois de registrar os primeiros casos suspeitos do novo coronavírus.

Uma das teorias é de os passageiros do cruzeiro tiveram o primeiro foco de contágio na cidade argentina de Ushuaia, da qual o navio zarpou em 15 de março. Ele seguiria até a costa da Península Antártica.

Um casal australiano com sintomas graves de Covid-19 foi retirado nesta quarta-feira da embarcação e levado para um hospital da capital, informou a Marinha uruguaia. "Foi removido o casal de australianos de 59 e 60 anos, ambos com pneumonia e coronavírus", anunciou a Marinha no Twitter, juntamente com uma foto da lancha que realizou a operação.

O chanceler uruguaio, Ernesto Talvi, tuitou, em seguida, que "uma das pessoas está mais comprometida, mas o estado de saúde de ambas é estável". O porta-voz da Marinha, Diego Perona, assinalou que "a remoção imediata era para o homem", de 60 anos.

Com a operação de hoje, segundo Perona, já somam oito as pessoas retiradas do Greg Mortimer. As seis pessoas evacuadas antes - três passageiros australianos e uma britânica, e dois tripulantes filipinos - estão internadas, em estado estável, informou ontem à AFP o ministro da Saúde Pública, Saniel Salinas.


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