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Estado de Minas COVID-19

Trump ameaça cortar contribuições dos EUA para OMS

Presidente dos Estados Unidos sugeriu que a Organização Mundial da Saúde favorece a China durante a pandemia do novo coronavírus, que já matou mais de 80 mil no mundo


postado em 08/04/2020 04:00

Presidente americado ameaçou colocar um
Presidente americado ameaçou colocar um "freio muito forte" nos recursos enviados à OMS (foto: Mandel NGAN/AFP)

O presidente americano, Donald Trump, ameaçou ontem cortar os recursos dos Estados Unidos para a Organização Mundial da Saúde (OMS), depois de sugerir seu viés favorável á China durante a pandemia de coronavírus. Trump disse a repórteres que "colocaria um freio muito forte" aos recursos da OMS, o órgão da ONU cuja maior fonte de financiamento são os Estados Unidos.

"Vamos suspender o dinheiro gasto com a OMS", disse Trump, que segue uma agenda do America First e já criticou outras agências da ONU e multilaterais. Ele não deu detalhes sobre quanto dinheiro seria retido e, minutos depois, durante a coletiva de imprensa, disse: "Não estou dizendo que vou fazer isso". "Vamos analisar o fim do financiamento", acrescentou.

Segundo Trump, a OMS "parece ser muito tendenciosa em relação à China. Isso não está certo". Seus comentários se basearam em uma declaração anterior no Twitter, na qual ele acusava a OMS de ser "muito focada na China". Trump perguntou por que a OMS deu "uma recomendação tão errada", aparentemente referindo-se ao conselho do órgão da ONU contra a restrição de viagens internacionais para impedir a disseminação vírus que começou na China.

"Felizmente, rejeitei o conselho deles de manter nossas fronteiras abertas à China desde o início", escreveu Trump, referindo-se à sua decisão de proibir a entrada de pessoas vindas do país asiático. A China enfrenta críticas em Washington, principalmente dos republicanos, sobre a maneira como lidou com a pandemia e Trump expressou dúvidas sobre a precisão das estatísticas chinesas para casos e mortes.

No entanto, o próprio Trump foi amplamente criticado por subestimar o vírus, que comparou a uma gripe comum e disse estar sob controle nos Estados Unidos, antes de aceitar que se tratava de uma emergência nacional. Mais cedo, durante sua entrevista coletiva diária, o porta-voz da ONU Stéphane Dujarric rejeitou as críticas feitas pelo presidente dos EUA no Twitter.

"Para o secretário-geral da ONU, António Guterres, está claro que a OMS, sob a liderança do Dr. Tedros Adhanom, fez um ótimo trabalho antes da COVID-19, apoiando os países na distribuição de milhões de equipamentos médicos e também com treinamento "de profissionais", afirmou. "A OMS demonstrou a força do sistema de saúde internacional", disse o porta-voz, lembrando "o enorme trabalho" realizado na luta contra o Ebola na República Democrática do Congo e nos países vizinhos, sob a liderança de Adhanom e "colocando suas equipes na primeira linha "de contenção.

NO MUNDO

O novo coronavírus causou pelo menos 80.142 mortes em todo o mundo desde seu primeiro registro em dezembro, segundo um balanço da AFP com base em fontes oficiais, realizado ontem. Desde o início da epidemia, mais de 1.397.180 contágios foram registrados em 192 países ou territórios. O número de positivos diagnosticados, porém, reflete apenas uma parte do total de infecções devido às diferentes políticas para diagnosticar os casos. Alguns países o fazem apenas em pacientes que precisam de hospitalização.

De acordo com os números registrados ontem, em 24 horas, os países que contabilizaram mais óbitos foram os Estados Unidos, com 1.632 novas mortes, a França (1.417) e o Reino Unido (786). O número de mortos na Itália, que registrou o primeiro óbito ligado ao vírus no fim de fevereiro, é de 17.127. Já o de infecções é de 135.586. Desde segunda-feira, 604 mortes e 3.039 novos contágios foram confirmados. Autoridades italianas consideram que 24.392 pessoas superaram a doença.

Depois da Itália, os países mais afetados são a Espanha com 13.798 mortes e 140.510 casos, os Estados Unidos com 12.021 mortes (383.256 casos), a França com 10.328 mortes (109.069 casos) e o Reino Unido com 6.159 mortes (55.242 casos). A China continental (não inclui Hong Kong e Macau), onde a epidemia eclodiu no final de 2019, somou um total de 81.740 infectados, dos quais 3.331 morreram e 77.167 foram curados. Nas últimas 24 horas, 32 novos casos e nenhum óbito foram registrados.



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