A União Europeia está enfrentando a "maior prova" desde a sua fundação devido à pandemia do novo coronavírus, alertou a chefe do governo alemão Angela Merkel nesta segunda-feira.
"A União Europeia está enfrentando sua maior prov desde a sua fundação", disse a líder conservadora, para quem a "resposta" pode ser apenas "mais Europa, uma Europa mais forte e uma Europa que funcione bem".
"Estamos enfrentando um grande desafio para a saúde da nossa população", enfatizou e lembrou que, em diferentes níveis, todos os países foram atingidos pela pandemia, enquanto Itália e Espanha registraram o maior número de mortes dentro da UE.
"E é por isso que a todos nós interessa, também à Alemanha, que a Europa seja forte nessa prova", afirmou.
Merkel fez essas declarações às vésperas de uma importante reunião de ministros europeus das Finanças, na qual discutirão os instrumentos econômicos e financeiros que deverão ser postos em prática para apoiar a economia, gravemente afetada pela pandemia.
Angela Merkel, que terminou uma quarentena de quinze dias na semana passada após ter estado em contato com um médico portador do coronavírus, também defendeu que a Europa seja "mais soberana" na produção de máscaras, das quais há uma enorme escassez global na atualidade.
A chanceler especificou que a produção poderá ser organizada "na Alemanha, mas também tentaremos em toda a Europa".
Mais uma vez, ela rejeitou a ideia de reduzir as medidas restritivas adotadas pelos países para impedir a propagação da pandemia e mencionou que a suspensão dessas medidas será realizada gradualmente, "em etapas".
Ao contrário do que Espanha, França ou Itália fizeram, a Alemanha não ordenou confinamento rigoroso, mas ordenou o fechamento de escolas, e a maioria das lojas está fechada.
A população foi aconselhada a trabalhar em casa o máximo possível e as reuniões de mais de duas pessoas em espaços públicos foram proibidas.
As medidas cotinuarão em vigor pelo menos até 19 de abril.