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Estado de Minas

Com coronavírus, premiê britânico é hospitalizado em Londres

Informação oficial é que Boris Johnson foi internado para exames, após persistência dos sintomas. Segundo o jornal The Guardian, seu caso é mais grave do que o governo admite


postado em 06/04/2020 04:00

Imagem de Boris Johnson no telão durante reunião com sua equipe, da qual ele participou remotamente, no último dia 28(foto: ANDREW PARSONS)
Imagem de Boris Johnson no telão durante reunião com sua equipe, da qual ele participou remotamente, no último dia 28 (foto: ANDREW PARSONS)

O premiê britânico, Boris Johnson, foi hospitalizado ontem em Londres, 10 dias após testar positivo para o novo coronavírus e entrar em isolamento na residência oficial, em Downing Street.
 
A informação oficial é que Johnson, de 55 anos, foi internado para fazer exames, já que os sintomas da COVID-19 persistem.
 
Ele tinha previsto voltar a sair ao exterior na sexta passada, após uma semana de isolamento, durante a qual continuou chefiando o país de sua residência, mas decidiu continuar em quarentena, porque permanecia com febre, um dos sintomas dos contagiados pelo novo coronavírus.
 
"Seguindo orientações médicas, o premiê deu entrada esta noite no hospital para realizar exames", anunciou Downing Street, assinalando que se trata de uma medida de precaução.
 
De acordo com o diário britânico The Guardian, no entanto, o quadro de saúde do premiê seria mais grave do que o governo quer admitir. Segundo o jornal, houve insistentes rumores, durante a semana, de que a saúde de Johnson estaria se deteriorando.
 
O premiê teria recebido constantes visitas de médicos, preocupados com sua dificuldade para respirar, ainda de acordo com o Guardian. Durante a semana, o governo negou que houvesse planos para hospitalizá-lo
 
O ministro britânico da Saúde, Matt Hancock, voltou ao trabalho na sexta-feira após ter passado uma semana em casa por também ter testado positivo para a COVID-19.
Questionado sobre o estado de saúde do premiê, Hancock afirmou que ele “estava OK” e disse que ambos se falavam várias vezes ao dia.
 
Na manhã de hoje, Dominic Raab, secretário de Estado, assumirá o comando da reunião que trata das medidas de governo para o combate ao coronavírus.
Johnson, oficialmente, continua no comando do país, mas é Raab quem assume, caso a condição do premiê piore e ele fique impedido de governar.  
 
Johnson é o político de mais alto escalão a contrair o novo coronavírus. Sua companheira, Carrie Symonds, que está grávida, afirmou que esteve doente, com sintomas durante uma semana, mas que já se recuperou.
 
A notícia de sua hospitalização provocou uma onda de reações de solidariedade, incluindo mensagens de seus adversários políticos. Nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump desejou rápida recuperação ao premiê britânico e disse ter certeza de que ele vai ficar bem. "É um amigo meu de longa data, um político forte e uma pessoa forte", afirmou Trump. 

“Vamos voltar a nos encontrar”, diz rainha


Em pronunciamento ontem pela TV, Elizabeth II agradeceu aos profissionais de saúde e a colaboração dos cidadãos(foto: AFP PHOTO/BUCKINGHAM PALACE )
Em pronunciamento ontem pela TV, Elizabeth II agradeceu aos profissionais de saúde e a colaboração dos cidadãos (foto: AFP PHOTO/BUCKINGHAM PALACE )
 
A rainha Elizabeth II agradeceu ontem ao pessoal sanitário que trabalha sem trégua no combate à pandemia do novo coronavírus e aos britânicos que ficam em casa para conter a propagação da doença.
 
"Quero agradecer a todos os que estão na linha de frente" dos serviços de saúde pública e "a todo o pessoal sanitário" em geral, destacou a rainha, de 93 anos, em uma mensagem à nação considerada histórica.
 
Certa de que os britânicos "vencerão" a COVID-19, Elizabeth II agradeceu também aos cidadãos "que ficam em casa e protegem, assim, os mais vulneráveis" do país, onde o coronavírus já matou quase 5 mil pessoas.
 
Neste raro discurso televisionado dirigido à Grã-Bretanha e aos países da Commonwealth, a rainha lembrou suas experiências durante a II Guerra Mundial, oferecendo uma mensagem de esperança a pessoas forçadas a se manter afastadas de familiares e amigos.
 
A rainha lembrou de sua primeira transmissão, em 1940, quando ao lado da irmã, a princesa Margaret, dirigiu-se às crianças afastadas de suas famílias.
 
As irmãs foram mandadas para Windsor por segurança, enquanto Londres era bombardeada. O pronunciamento ocorre em um momento em que bilhões de pessoas ao redor do mundo são forçadas a permanecer em casa para conter a transmissão do vírus.
 
A monarca e seu marido, o príncipe Philip, de 98 anos, estão no Castelo de Windsor, no Oeste de Londres, preventivamente desde 19 de março, enquanto o número de mortes e de contágios aumenta em território britânico.
 
A Grã-Bretanha tem atualmente 47.806 casos hospitalares confirmados e 4.934 mortes. Seu próprio filho, o príncipe Charles, herdeiro do trono britânico, assim como o premiê, Boris Johnson, contraíram o vírus.

ESFORÇO A rainha alertou que a situação pode persistir, mas o surto será derrotado através do esforço coletivo e do "empenho comum", incluindo a cooperação científica. "Vamos ter sucesso – e este sucesso pertencerá a todos nós", disse a rainha.
A mensagem, a quarta em um momento de crise em seus 68 anos de reinado, foi gravada em Windsor com um único operador de câmera vestido com roupas de proteção como medida de precaução.
 
Ela agradeceu pessoalmente aos profissionais na linha de frente no Serviço Nacional de Saúde (NHS), cuidadores e outros trabalhadores-chave por desempenharem, "altruisticamente", funções essenciais.
 
O proncunciamento inclui imagens de médicos e enfermeiros, trabalhadores de entrega e militares que ajudam na construção de um novo hospital de campanha com 4 mil leitos em Londres. Também mostrou pessoas aplaudindo estes profissionais de suas casas.
 
A rainha disse que as pessoas na Grã-Bretanha e ao redor do mundo podem se sentir orgulhosas de sua resposta comunitária à pandemia. "Juntos vamos vencer esta doença e eu quero reassegurá-los de que se nos mantivermos unidos e decididos, vamos superá-la", acrescentou.
 
A monarca citou a cantora britânica da época da Segunda Guerra Mundial Vera Lynn, cuja canção We'll meet again (Vamos nos encontrar de novo) se tornou um hino para aqueles que combatiam no exterior, distantes de seus entes queridos, para reconfortar os seus súditos. (AFP)

Papa reza missa sem fiéis no domingo de ramos

 Papa Francisco celebrou a missa do início da semana santa ontem com a Basílica de São Pedro fechada (foto: Alberto Pizzoli/AFP)
Papa Francisco celebrou a missa do início da semana santa ontem com a Basílica de São Pedro fechada (foto: Alberto Pizzoli/AFP)

 
Uma imagem resumiu ontem, no domingo de ramos, a calamidade que assola o mundo: o papa Francisco, sozinho, dando início à semana santa, normalmente sinônimo de igrejas lotadas e procissões, mas que este ano chega com metade da população mundial confinada.
 
"Olhem para os verdadeiros heróis que vêm à tona nestes dias. Não são os que têm fama, dinheiro e sucesso, e sim os que se entregam para servir aos demais. Sintam-se chamados a arriscar a vida. Não tenham medo de gastá-la por Deus e pelos demais: vão ganhá-la!", disse o papa em uma basílica vazia.
 
Os balanços de mortos e infectados continuam aumentando e, até ontem, havia mais de 1,2 milhão de casos de contágio em 190 países, segundo balanço da agência France Presse.
 
Do total de mortos, 49 mil estão na Europa, principalmente na Itália e na Espanha, onde os habitantes começam a recuperar a esperança.
 
Na Espanha, pelo terceiro dia consecutivo, registrou-se uma redução no número de falecidos pelo novo coronavírus. Em 24 horas, morreram 674 pessoas, o que situa o balanço total de mortos por coronavírus no país em 12.418.

FLEXIBILIZAÇÃO Após uma semana trágica, na qual em 2 de abril foi alcançada a cifra de 950 mortes por dia, as estritas medidas de confinamento, que se estenderão até 25 de abril, parecem começar a dar frutos e as autoridades estudam uma flexibilização progressiva das restrições.
 
"Trata-se de sermos muito prudentes para não desperdiçar todo o esforço feito pela sociedade espanhola", advertiu o ministro da Saúde, Salvador Illa.
 
Além disso, também se observa uma redução no número de internações e de pacientes em unidades de cuidados intensivos.
 
A Espanha é o segundo país do mundo mais castigado pela pandemia, depois da Itália, onde as cifras de ontem também eram animadoras.
 
O número de mortos diários por coronavírus foi de 525, a cifra mais baixa desde 19 de março. O país soma 15.887 mortos. "São boas notícias, mas não deveríamos baixar a guarda", disse o chefe de Proteção Civil, Angelo Borrelli, à imprensa.
 
E na França, o balanço do domingo foi de 357 mortes, a menor cifra em uma semana em um país que já superou os 8 mil mortos por coronavírus e onde a maioria dos hospitais também está superlotada. (AFP)



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