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Estado de Minas

Novo ataque contra a Zona Verde do Iraque, onde retirada da coalizão continua


postado em 26/03/2020 08:19

Novos foguetes caíram nesta quinta-feira (26) na Zona Verde de Bagdá, onde estão localizadas a embaixada dos Estados Unidos e os principais edifícios oficiais do Iraque, enquanto mais e mais países retiram suas tropas do país, devido ao risco representado pelo coronavírus e pela necessidade de combater a pandemia em seu próprio território.

No final de 2017, Bagdá anunciou com entusiasmo a vitória sobre o grupo jihadista Estado Islâmico (EI), que por um tempo chegou a controlar um terço do seu território.

Desde então, a coalizão liderada por Washington indicou em reiteradas ocasiões que retiraria seus militares do território iraquiano.

No momento, 2.500 instrutores - um terço das tropas da coalizão - deixaram o país ou o deixarão em breve, suspendendo o treinamento dos soldados iraquianos.

Na semana passada, todas as tropas estrangeiras deixaram a base de Al-Qaim, na fronteira com a Síria, incluindo francesas e americanas.

Nesta quinta-feira, as que estão na base de Al-Qayyarah, no norte, também vão se retirar.

- Retirada completa ou parcial -

O Reino Unido e a Austrália anunciaram que vão retirar apenas seus instrutores, mas que manterão "pessoal essencial", enquanto outros países como França e República Tcheca retirarão todas as suas tropas.

Segundo a coalizão, a retirada foi acelerada pela disseminação do novo coronavírus, que até agora matou 29 iraquianos e infectou quase 350.

Em alguns países com grandes contingentes no Iraque, como Espanha ou França, a epidemia está causando estragos.

Adicionado a esse fator está o número de ataques contra a coalizão registrados nos últimos meses.

Nesta quinta-feira, dois foguetes caíram na Zona Verde da capital, onde se encontra a embaixada dos Estados Unidos, entre outras instituições, segundo o Exército iraquiano.

Os tiros não causaram danos ou baixas e constituíram o 26º ataque aos interesses americanos ou da coalizão no Iraque em seis meses.

Os ataques mais antigos não foram reivindicados, enquanto Washington acusou as facções armadas pró-Irã, que exigem incessantemente a expulsão dos americanos do Iraque.

Agora, um grupo misterioso começou a reivindicá-los.

Em vídeos postados após dois recentes ataques às bases da coalizão, homens armados, com os rostos cobertos e vozes modificadas por computador, assumiram a responsabilidade pelos disparos e disseram agir em nome da "Liga dos Revolucionários", um grupo totalmente desconhecido até então.

Mas, de acordo com oficiais da coalizão, esses seriam "dissidentes se reagrupando". "No final, são os mesmos atores que se organizam de uma maneira um pouco diferente", disse um deles.

Ainda assim, a opinião pública parece muito mais preocupada com a propagação da epidemia de COVID-19 do que com a retirada das tropas estrangeiras, pois a doença pode ser catastrófica em um país com escassez crônica de medicamentos, médicos e hospitais.

Além disso, o país permanece sem governo e sob as rédeas de Adel Abdel Mahdi, o primeiro-ministro que renunciou em dezembro, uma vez que Adnane Zorfi, que foi nomeado para o cargo, ainda precisa formar um Executivo.


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