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Estado de Minas

Governo diz que crise da Covid-19 deve crescer mais em abril


postado em 20/03/2020 22:13

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, estimou que a epidemia do novo coronavírus no país atingirá seu pico entre abril e junho, mas garantiu que o governo está tomando todas as medidas necessárias para evitar o colapso do sistema de saúde.

Foram registradas nesta sexta-feira mais cinco mortes pela Covid-19, elevando a 11 o total de óbitos no país, enquanto o número de casos confirmados passou de 621 para 904, segundo dados oficiais.

"A gente imagina que ela (a quantidade de contágios) vai pegar velocidade e subir na próxima semana ou 10 dias. A gente deve entrar em abril e iniciar a subida rápida. Essa subida rápida vai durar o mês de abril, o mês de maio e o mês de junho", afirmou Mandetta durante uma videoconferência com empresários transmitida de Brasília por la TV pública.

A queda acentuada nos casos ocorrerá apenas a partir de setembro, acrescentou.

Mandetta alertou que, se as medidas necessárias não forem tomadas, o sistema de saúde brasileiro poderá entrar em colapso no final de abril, mas descartou que isso aconteceria se as autoridades federais, regionais, o pessoal de saúde e a população trabalharem juntos.

"Nós vamos ter estresse, mas vamos passar por essa sem colapso", defendeu o ministro, depois de afirmar que "todas as cidades" estão ampliando o número de leitos, unidades de terapia intensiva e outras instalações hospitalares para lidar com a pandemia.

O presidente Jair Bolsonaro criticou na sexta-feira as medidas extremas adotadas no dia anterior pelo governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, que visa impedir o fluxo de pessoas de outros estados, fechando aeroportos e rodovias.

"Parece que o Rio de Janeiro é outro país. Não é. Somos uma federação", reclamou Bolsonaro.

Enquanto Witzel sustenta que o governo federal não está sendo ágil com medidas de prevenção, Brasília quer evitar decisões drásticas que possam comprometer o fornecimento de alimentos e suprimentos médicos.

Além do impacto do vírus na saúde, o governo teme os efeitos da pandemia na economia brasileira, que desde a recessão em 2015 e 2016 não decolou.

Devido ao novo coronavírus, o Ministério da Economia reduziu drasticamente sua previsão de crescimento para 2020 nesta sexta-feira, de 2,1% para um resultado quase nulo de 0,02%


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