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Estado de Minas

Argentina alerta credores que crise pode ser prolongada por Covid-19


postado em 20/03/2020 21:25

A Argentina, que está iniciando uma reestruturação da dívida, alertou nesta sexta-feira seus credores privados que a recuperação econômica do país "é incerta" e que a crise pode ser prolongada devido à pandemia do novo coronavírus.

"Os tempos e a intensidade da recuperação (da economia) são incertos devido à situação associada ao coronavírus, o que poderia prolongar a crise", disse o ministro da Economia, Martín Guzmán, em uma teleconferência com os detentores de títulos privados.

"A dívida é impagável devido à situação crítica no país, em um contexto em que os juros cresceram rapidamente", afirmou.

Pouco antes dessa apresentação, a diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, pediu aos credores privados da Argentina a concordar em "um alívio substancial" para restaurar a sustentabilidade da dívida, que totaliza mais de 311 bilhões de dólares.

A Argentina autorizou há dez dias uma reestruturação da dívida de 68,842 bilhões com credores privados e pretende apresentar uma oferta antes do final de março que provavelmente incluirá a extensão dos prazos de vencimento e reduções de capital ou juros.

"O governo argentino quer recuperar a capacidade de crescimento e fornecer as condições para o retorno aos mercados internacionais", afirmou o ministro.

No entanto, ele ressaltou que nas condições atuais "as necessidades brutas de financiamento para os próximos quatro anos totalizam 300 bilhões de dólares".

Há dois anos, a Argentina estava em recessão, com uma queda no Produto Interno Bruto de 2,1% em 2019 e 2,5% em 2018.

Devido à pandemia da Covid-19, o governo decretou o isolamento obrigatório de seus 44 milhões de habitantes desta sexta-feira até 31 de março, o que significa uma interrupção da atividade econômica.

A previsão do FMI para 2020 era, antes do início da pandemia, de uma contração de 1,3%.

Além disso, o país sul-americano enfrenta alta inflação (53,8% em 2019) e aumento da pobreza (mais de 35%) e desemprego (mais de 10%).


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