A Itália registrou nesta sexta-feira (20) a maior alta diária desde o início da pandemia do novo coronavírus. Foram contabilizadas 627 mortes. Com isso, o número de vítimas de Covid-19 no país chegou a 4.032.
Na última quinta-feira, as mortes pela doença no país ultrapassaram o total de vítimas na China pela primeira vez. O país asiático, foi o primeiro epicentro da pandemia, passou a registrar números mais baixos de contágio durante esta semana.
O número de casos do novo coronavírus na Itália aumentou de 41.035 para 47.021 em apenas um dia, o que representa alta de 14,6%. A situação é mais crítica na Lombardia, no norte italiano, onde foram registradas 2.549 mortes e 22.264 casos.
Para conter a disseminação do novo coronavírus, o governo impôs restrições na circulação em todo o país. Italianos não devem sair de casa, a não ser em caso de extrema necessidade. Na maioria dos casos, é preciso levar uma declaração de punho próprio para apresentar às autoridades, em caso de abordagem.
Padres e sacerdotes
Dioceses da Itália confirmaram a morte de 28 sacerdotes católicos disgnosticados com o COVID-19. Outros dois casos não chegaram a ser testados para doença. Em Bergamo, uma das cidades mais atingidas no norte, 10 padres morreram e 15 foram hospitalizados.
O papa Francisco telefonou ao arcebispo Francesco Beschi na quarta-feira (18) para dar seu “apoio aos padres, aos enfermos, aos que cuidam dos pacientes e a toda nossa comunidade”. “Ele estava muito impressionado com o sofrimento que padecem, pela morte solitária, sem a companhia das famílias, tão dolorosa”, acrescentou Beschi em um comunicado.
Assim como acontece com a maioria das vítimas fatais do coronavírus na Itália, os sacerdotes morrem sem acesso aos rituais religiosos. Ao lado de médicos e enfermeiras, os padres têm prestado auxílio espiritual aos enfermos, uma missão necessária nessa região da Itália particularmente religiosa.
*Estagiária sob supervisão da ediotra-assistente Vera Schmitz