O Banco Central Europeu (BCE) anunciou nesta quarta-feira o lançamento de um mecanismo de 750 bilhões de euros para a compra de títulos das dívidas pública e privada, para tratar de reduzir os efeitos da pandemia do coronavírus.
O Programa de Compras de Emergência por Pandemia terá caráter temporário e estará em vigor até que o BCE considere que "a fase crítica do coronavírus COVID-19 está superada, mas em qualquer caso seguirá até o final deste ano", destaca um comunicado da instituição.
Logo em seguida, o presidente francês, Emmanuel Macron, declarou seu "apoio total às medidas excepcionais" adotadas pelo BCE, e avaliou que os países do bloco devem apoiar a economia "com intervenções orçamentárias e maior solidariedade financeira na zona do euro".
"Nossos povos e nossas economias precisam disso".
O anúncio ocorre apenas seis dias após o mesmo BCE lançar um pacote de estímulo a bancos que não conseguiu acalmar os mercados financeiros.
Este novo pacote para a compra de bônus da dívida foi anunciado após os 25 integrantes do Conselho do BCE realizarem uma teleconferência.
Em sua nota, o BCE afirma que está "comprometido em desempenhar seu papel de apoiar os cidadãos da zona do euro neste momento extremamente desafiador".
O Conselho do BCE também assinalou que está pronto para relaxar algumas restrições sobre a compra de bônus para ajudar potencialmente países como a Itália.
Os 19 Estados da área do euro estão ligados por um Mecanismo Europeu de Estabilidade estabelecido em resposta à crise da dívida pública do início de 2010.
Este fundo capta seus recursos no mercado de dívida pública e empresta, sob certas condições, aos países membros que enfrentam dificuldades econômicas e orçamentárias.