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Estado de Minas

FMI pede "resposta internacional coordenada" ante coronavírus


postado em 09/03/2020 15:01

Os governos devem aplicar "uma resposta internacional coordenada" para enfrentar o impacto econômico da expansão do novo coronavírus, disse nesta segunda-feira a economista-chefe do Fundo Monetário Internacional, Gita Gopinath.

Muitos países adotaram políticas para alimentar a confiança, enquanto a epidemia gera nevorsismo nos mercados e temores de que uma interrupção das redes de fornecimento lastrem a atividade econômica, mas há poucos sinais de uma resposta coordenada.

Devido à grande perturbação das economias, os consumidores e as empresas, Gopinath afirmou que os responsáveis pelas políticas precisarão implementar "medidas importantes dirigidas em matéria fiscal, monetária e para os mercados financeiros para ajudar as famílias e os negócios afetados".

"É evidente o argumento de que deve haver uma resposta internacional coordenada" para fazer frente à epidemia, que já fez 110.000 infectados e 3.800 mortos.

Em novembro de 2008, em plena crise financeira mundial, o G20 das nações ricas e emergentes acordou cortes dos juros e se comprometeu a manter as políticas de estímulo o tempo que fosse necessário para sustentar a economia.

A incerteza fez os mercados financeiros afundarem nesta segunda-feira, após duas semanas de fortes quedas. As negociações foram suspensas por 15 minutos em Wall Street, enquanto uma guerra de preço entre os produtores de petróleo derrubou as cotizações.

Em São Paulo, o Ibovespa perdia quase 10% e as operações chegaram a ser suspensas por meia hora. A tendência se confirmou em outros mercados da América Latina, e as moedas latino-americanas sofreram fortes quedas. O peso chileno atingiu um mínimo histórico.

Em um post num blog do FMI, a economista disse que, devido aos laços econômicos internacionais "o argumento é claro de que deve haver uma resposta internacional coordenada".

Para Gopinath, o objetivo é "impedir que uma crise temporária prejudique irreparavelmente pessoas e empresas, devido a perdas de empregos e falências".

O FMI já alertou que o impacto da epidemia Covid-19 fará o crescimento da economia mundial ficar abaixo da projeção de 2,9% prevista no ano passado.

A diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, disse na semana passada que a epidemia deixou de ser uma questão regional e é "um problema global que requer uma resposta global".

Gopinath afirmou que os custos humanos do novo coronavírus aumentaram a um ritmo "alarmante" e que o impacto econômico já é "palpável" nos países mais afetados.

"Claramente a primeira prioridade é manter as pessoas mais saudáveis e seguras possível", ressaltou, estimando que os países poder ajudar gastando mais em seus sistemas de saúde.

Ela indicou que o impacto pode ser medido nos cortes de produção em empresas de todo o mundo.

Gopinath citou a China como exemplo, afirmando que, embora a queda na produção seja comparável à situação no início da crise financeira de 2008, o declínio no setor de serviços parece mais significativo.

Do lado da demanda, a perda de renda, o medo de contágio e a intensificação da incerteza gerarão uma queda nos gastos do consumidor.


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