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Estado de Minas

Mulheres ao redor do mundo pedem igualdade apesar de medo do coronavírus


postado em 08/03/2020 15:25

Enormes multidões foram às ruas no mundo todo neste domingo para comemorar o Dia Internacional da Mulher, e apesar dos temores pela epidemia do coronavírus que atinge o planeta.

Em um dia que houve alguns confrontos violentos e prisões de manifestantes em vários países, as mulheres marcharam em locais distantes entre si como Tailândia, Indonésia, Filipinas, Quirguistão, Paquistão, Austrália, França e Chile. Em muitos locais, as marchas foram canceladas por questões de saúde.

No Paquistão, mil mulheres desafiaram a sociedade ultrapatriarcal a se manifestar por seus direitos, às vezes embaixo de pedras e gravetos jogados por oponentes. Ao mesmo tempo, outra marcha reuniu mulheres com véu que proclamavam sua "liberdade de viver de acordo com a Sharia".

Em Manila, centenas de mulheres e homens participaram de um protesto que queimou uma efígie gigante do presidente Rodrigo Duterte, a quem eles acusam de misoginia.

"A violência e a pobreza entre as mulheres estão piorando", disse à AFP Joms Salvador, participante da marcha.

"Embora tenhamos 37 leis relacionadas aos direitos das mulheres, o que está acontecendo no terreno é uma violência generalizada nas formas de abuso doméstico, assédio sexual e estupro", acrescentou.

No Quirguistão, a polícia prendeu dezenas de mulheres que se manifestavam contra a violência de gênero, depois de serem atacadas por homens mascarados.

A polícia disse à AFP que os manifestantes foram presos por sua própria segurança e por não avisarem da manifestação, pois um tribunal proibiu aglomerações devido ao coronavírus. As mulheres foram libertadas posteriormente e três de seus agressores foram presos.

Na China, epicentro da epidemia que matou mais de 3.500 pessoas e infectou mais de 100.000 em todo o mundo, a rede estatal de televisão CCTV destacou o trabalho dos médicos da linha de frente na luta contra o vírus.

- Apesar do coronavírus -

Na Coreia do Sul, país com o maior número de casos depois da China, vários eventos também foram cancelados, devido à epidemia. "Embora não possamos estar fisicamente juntas, nossa determinação em obter igualdade entre homens e mulheres é mais forte do que nunca", disse a ministra da Igualdade, Lee Jung-Ok, em um vídeo.

Em Jacarta, cerca de 600 pessoas pediram ao governo que revogasse leis consideradas discriminatórias e adotasse leis contra a violência sexual.

Em Bangcoc, os manifestantes pediram uma melhor proteção no local de trabalho para combater a epidemia. Por medo do vírus, o número de pessoas nas ruas foi menor do que no ano passado.

As manifestações também foram menores que o habitual na Europa, muito afetada pelo coronavírus.

Ativistas do grupo Femen com os seios à mostra, luvas e máscaras de proteção, se reuniram na Place de la Concorde de Paris para denunciar "a pandemia patriarcal".

As manifestantes entoaram gritos como: "Quem está lavando os pratos?" e "Estamos fazendo uma revolução".

Grupos de direitos humanos e partidos políticos denunciaram a violência policial durante outra marcha na noite de sábado em Paris, na qual os confrontos terminaram com a prisão de nove pessoas.

Na Itália, um dos países mais atingidos pelo surto viral e onde foram tomadas medidas rigorosas de isolamento, o presidente Sergio Mattarella, divulgou uma mensagem alusiva em vídeo para expressar seu agradecimento "às mulheres, e há muitas que trabalham em hospitais e nas zonas (de quarentena) para combater a propagação do vírus".

Também houve manifestações no Iraque e no Líbano.

Em Santiago, Chile, milhares de mulheres se reuniram em uma manifestação exigindo o fim da violência de gênero e protestando contra o o governo de Sebastián Piñera.


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