O primeiro-ministro checo, Andrej Babis, pediu neste domingo (8) ao governo italiano que proíba seus cidadãos de viajarem para o exterior, de modo a conter a propagação do novo coronavírus.
A República Checa registra, até o momento, 26 casos de contágio, a maioria ligada à Itália, e mantém 1.100 pessoas em quarentena.
"Acho que é importante que o primeiro-ministro Giuseppe Conte peça a todos os italianos que não deixem a Itália", declarou Babis a uma emissora de televisão local.
Os italianos "não deveriam viajar pela Europa, porque a maioria dos casos na Alemanha, na França, na Espanha vem da Itália", insistiu o premiê.
"Está claro que a Itália, infelizmente, não controla a situação", acrescentou, convocando os checos presentes na península a voltarem para casa.
Ao mesmo tempo, o governo checo recomendou a seus cidadãos que não viajem para a Itália.
Já Áustria, Suíça e Eslovênia decidiram, por enquanto, manter abertas suas fronteiras com a Itália.
O Ministério suíço das Relações Exteriores disse à AFP que ainda estuda os detalhes sobre informações e conselhos a serem fornecidos a quem viaja para a Itália.
Na Suíça, 332 pessoas deram positivo para o novo coronavírus.
Cerca de 60.000 italianos cruzam diariamente a fronteira para trabalhar na Suíça.
Os intercâmbios também são importantes com Áustria e Eslovênia, países que, até o momento, também não tomaram medidas no sentido de fechar fronteiras.
Na Áustria, onde foram registrados 104 casos do novo coronavírus, as autoridades anunciaram na sexta e no sábado a suspensão de voos e linhas de trem e ônibus para Milão e Veneza.