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Estado de Minas

Almagro diz que transformou OEA de 'zumbi' em fórum do século XXI


postado em 05/03/2020 20:01

O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) defendeu sua administração na quinta-feira, afirmando que, nos cinco anos em que está no comando a organização deixou de ser um "zumbi" para um fórum do século XXI.

Luis Almagro - que está buscando a reeleição no organismo em 20 de março - falou durante uma audiência em que os atores da sociedade civil enviaram suas perguntas por escrito aos candidatos para liderar a organização.

"Todos os dias desses cinco anos, demonstramos como transformamos a OEA de uma organização zumbi, com costumes do século anterior, em uma OEA do século XXI", afirmou o diplomata uruguaio.

Almagro, que assumiu o cargo em 2015, precisa de 18 votos para ser reeleito para a frente da organização que possui 34 membros ativos.

Na tentativa de continuar outros cinco anos como secretário-geral, ele conta com o apoio dos Estados Unidos e da Colômbia, entre outros países, além do apoio do novo governo do Uruguai.

Com ele, competem a ex-ministra das Relações Exteriores do Equador, María Fernanda Espinosa, e o atual embaixador do Peru nos Estados Unidos, Hugo De Zela.

Durante a audiência, Espinosa reclamou do formato da participação, no qual perguntas de organizações sociais credenciadas à OEA eram extraídas de uma caixa.

"É muito difícil responder a perguntas que vêm de uma caixa. Gostaria de ver os representantes da sociedade civil", disse Espinosa, que foi aplaudido.

Mais tarde, Espinosa, presidente da Assembleia Geral da ONU, lamentou que até agora a participação da sociedade civil tenha sido "lateral" na organização.

A ex-chanceler do Equador compete para ser a primeira secretária-geral da OEA, com o apoio de Antígua e Barbuda e São Vicente e Granadinas, pois seu país apoia a candidatura de Almagro.

Enquanto isso, De Zela - apoiado por Lima - indicou, por sua vez, que "o diálogo não pode ser apenas ocasional".

- "Invisibilizados" -

A crise na Venezuela, tema central durante a gestão da Almagro, foi o foco de muitas perguntas.

O uruguaio enfatizou que é preciso "levar as resoluções à sua mais plena vigência", referindo-se aos pronunciamentos dentro do órgão durante seu mandato.

"A OEA tem sido muito eficaz, muito eficiente, com muitos resultados", disse Almagro, um forte defensor da política de sanções contra a Venezuela.

Espinosa disse que a solução para esse país é uma "saída pragmática" para "resolver a crise humanitária e retornar à normalidade institucional na Venezuela".

"Todos nós conversamos sobre diálogo, o problema é como esse diálogo é feito. O diálogo deve ser um diálogo limitado, deve haver um roteiro, deve incluir os outros atores", disse a ex-diplomata equatoriana.

De Zela, cujo país é um dos principais atores do Grupo Lima, um fórum que reúne mais de uma dúzia de países da América em busca de uma solução para a crise na Venezuela, destacou o trabalho diplomático do Peru.

"Meu país tem trabalhado nessa direção (para) expandir a base de países que contribuem para o retorno à democracia" na Venezuela, disse.


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