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Estado de Minas

Trump defende resposta ao coronavírus e acusa imprensa de causar pânico


postado em 26/02/2020 20:43

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, defendeu nesta quarta-feira (26) a resposta de seu governo ao novo coronavírus, acusando os meios de comunicação de semear pânico, inclusive nos mercados, e anunciou que vai falar à imprensa sobre a epidemia ainda hoje.

Trump falou um dia depois que uma autoridade da área da saúde pública alertou que, apesar dos esforços de contenção, é inevitável que a doença COVID-19 se espalhe nos Estados Unidos.

"Hoje terei uma conferência de imprensa na Casa Branca sobre esse assunto às 18H00" (20H00 de Brasília), escreveu Trump no Twitter, acrescentando que oficiais do serviço federal dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) estarão ao seu lado.

Na terça-feira, o CDC pediu aos americanos que se preparem para cancelar eventos e pediu às instituições de ensino e empresas a desenvolver planos de acesso à distância, em meio a alertas da Organização Mundial de Saúde (OMS) de que os países não estão prontos para conter um surto que já infectou 80.000 pessoas no mundo, principalmente na China.

Na quarta-feira, foram 60 casos relatados nos Estados Unidos, incluindo 45 pessoas repatriadas de um navio de cruzeiro na costa do Japão ou de Wuhan, cidade chinesa onde surgiu a epidemia em dezembro.

O Congresso acusou o governo de subestimar a crise e não alocar recursos para enfrentá-la.

Através do Twitter, Trump insistiu que seu governo está "fazendo um ótimo trabalho" e culpou a imprensa por tentar gerar medo em torno do vírus. Além disso, chamou os democratas de "incompetentes" por apenas falar e não fazerem nada.

A bolsa de Wall Street registrou nesta quarta-feira a terceira queda consecutiva, e as perdas aumentaram após funcionários do governo americano alertaram sobre os possíveis efeitos da epidemia na maior economia do mundo. Trump utiliza o desempenho econômico dos Estados Unidos como principal bandeira para obter a reeleição em novembro.

Convidado para falar no Congresso, o secretário da Saúde, Alex Azar, defendeu a proposta do governo dizendo que oferece um sistema que "funciona melhor, em vez de gastar mais".

A Casa Branca pediu ao Congresso na segunda-feira para disponibilizar pelo menos 2,5 bilhões dólares para resolver uma eventual crise, entre outras coisas para o desenvolvimento de tratamentos e vacinas e a compra de equipamentos para uma reserva nacional.

A oposição democrata disse que era insuficiente e era tarde demais.

As autoridades americanas também estão preocupadas com o fato da epidemia ameaçar a cadeia de suprimentos de produtos médicos, muitos dos quais com compostos da China.

A Administração de Alimentos e Medicamentos (Food and Drug Administration, FDA) observou um risco de escassez de máscaras faciais, respiradores e aventais.


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