A Kenzo se propôs nesta quarta-feira a inaugurar a era "pós-streetwear", combinando conforto e estilo, no primeiro desfile de seu diretor artístico Felipe Oliveira Baptista em Paris.
A coleção é uma "grande 'colcha de retalhos' de referências, observei o que era o mais importante, o mais atemporal da Kenzo e o mudei para o ano de 2020, adicionando minha própria história", disse o português de 44 anos à AFP.
As roupas são amplas, mas estruturadas neste desfile que aconteceu no terceiro dia da Semana da Moda prêt-à-porter para o próximo outono-inverno, com uma abundância de blusas longas e túnicas para ambos os sexos.
O desafio era resolver "a equação de conforto e estilo. Depois de calçados e calças esportivas, eu queria criar a ideia de roupas pós-rua", disse o novo estilista da marca fundada pelo japonês Kenzo Takada.
O desfile foi realizado no centro de uma estrutura tubular transparente, que a empresa prometeu reutilizar em outras apresentações e pop-up stores.
Graduado pela famosa Universidade de Arte e Design Kingston, em Londres, o português deu seus primeiros passos na moda em Milão, antes de se instalar em Paris.
Criou sua própria empresa em 2003 e recebeu duas vezes o prêmio da Associação Nacional para o Desenvolvimento de Artes da Moda (ANDAM).
Entre 2010 e 2018, assumiu a direção artística da Lacoste, onde estabeleceu o conceito de série limitada, e seu trabalho foi aplaudido por especialistas do setor.