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Estado de Minas

Diante da escassez, moradores de Hong Kong fazem suas próprias máscaras


postado em 21/02/2020 11:07

Devido à escassez de máscaras pelo surto do novo coronavírus, a população de Hong Kong começou a fabricá-las por conta própria, ou mesmo a abrir oficinas especializadas.

Toda vez que as farmácias da cidade recebem uma nova carga de máscaras, longas filas de clientes se formam, ansiosos para conseguir uma.

Isso levou algumas pessoas a fabricá-las, embora algumas sejam de qualidade duvidosa.

Judy, de 73 anos, usa uma máscara caseira.

"Encontrei o material - meu lenço e alguns retalhos -, combinei tudo e usei um pouco de arame para a parte de cima e um pouco de borracha", explicou ela à AFP, que pediu para não ser identificada.

Em uma rua no distrito de Sham Shui Po, onde há muitas lojas de alfaiataria e de tecidos, o comércio também reagiu rápido.

Muitas das vitrines exibem máscaras de pano coloridas, enquanto os vendedores trabalham duro em suas máquinas de costura.

A costureira Elase Wong decidiu compartilhar o modelo de sua máscara, feita à mão, porque "algumas pessoas não podiam comprá-las... então agora podem fazer sozinhas", disse ela à AFP.

O preço das máscaras disparou, devido à escassez e à recusa do governo a regular os preços, ou a racionar os estoques, algo que também aconteceu em Macau e em Taiwan.

Um lote de 50 máscaras cirúrgicas pode ser vendido por até 300 dólares de Hong Kong (40 dólares americanos), enquanto uma caixa do modelo N95, a de melhor qualidade, custa 1.800 dólares de Hong Kong (231 dólares americanos).

Um diretor de cinema, conhecido como Tong, terminou esta semana de dar os retoques finais em uma oficina de máscaras que abrirá em breve em um edifício industrial.

"Fiz algumas perguntas e percebi que as máscaras não são tão difíceis de fabricar. Por que os preços são tão altos? Porque em Hong Kong não existe nenhuma linha de produção", alegou Tong, em conversa com a AFP.

Com a ajuda de um investidor, importou uma máquina da Índia e planeja importar mais.

Tong espera que a máquina fabrique entre 60 e 80 máscaras cirúrgicas por minuto a partir de sábado, em uma sala livre de poeira.

Segundo ele, as máscaras serão vendidas por 1 ou 2 dólares de Hong Kong, on-line, e a venda será limitada a uma caixa por pessoa.

Já o governo local liderado por Carrie Lam, muito criticado pela escassez de máscaras e por sua falta de previsão, diz que está fazendo todo o possível para garantir os estoques do produto.


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