A Casa Branca insistiu nesta quinta-feira que o novo chefe da Inteligência americana, Richard Grenell, realizará seu trabalho de forma imparcial, diante da indignação dos democratas, que protestaram com a nomeação de um partidário do presidente Donald Trump neste cargo crucial.
Grenell, ex-embaixador dos Estados Unidos ante a Alemanha, que irritou o aliado europeu por suas críticas ao governo local, foi nomeado nesta quarta-feira diretor interino da Inteligência nacional, substituindo Joseph Maguire.
Sem experiência anterior nesta área, ele vai supervisionar 17 agências deste cargo, entre elas a CIA, após uma série de confrontos entre Trump e profissionais do setor sobre a interferência russa na campanha eleitoral de 2016.
Grenell "está comprometido com uma abordagem apolítica, imparcial, como chefe da Comunidade de Inteligência, da qual depende nossa segurança", disse em nota a secretária de imprensa da Casa Branca, Stephanie Grisham.
Enquanto comentarista da mídia e ex-porta-voz dos Estados Unidos nas Nações Unidas, Grenell será o primeiro oficial abertamente gay em um gabinete do governo nos Estados Unidos.
Como salvo-conduto para esta nomeação, Trump o nomeou-o diretor interino, permitindo sua atuação por 210 dias sem a necessidade de aprovação do Senado. Essa é a segunda vez consecutiva que o milionário republicano recorre a essa estratégia para o cargo.
O senador democrata Ron Wyden acusou Trump em um comunicado priorizando a "obediência" incondicional sobre a "segurança do povo americano".
Grenell saudou o surgimento de populismos de direita na Europa e elogiou o chanceler ultraconservador austríaco Sebastian Kurz, a quem descreveu como "uma estrela do rock".