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Estado de Minas EPIDEMIA DO CORONAVÍRUS

Após quarentena, o desembarque


postado em 20/02/2020 04:00

Passageiros do cruzeiro Diamond Princess ficaram isolados por 14 dias(foto: Charly Triballeau/AFP)
Passageiros do cruzeiro Diamond Princess ficaram isolados por 14 dias (foto: Charly Triballeau/AFP)


Yokohama (Japão)– Passageiros do cruzeiro Diamond Princess começaram a desembarcar ontem, depois de 14 dias de quarentena no Japão, ao mesmo tempo em que as autoridades de saúde do país anunciaram que mais 79 casos de infecção pelo novo coronavírus foram diagnosticados no navio. Com 621 casos positivos, o Diamond Princess representa o maior grupo de pessoas infectadas fora da China.

O Japão enfrenta críticas crescentes por sua maneira de administrar a quarentena, à medida que os passageiros se dispersam pelo mundo. A Rússia anunciou que, a partir de hoje, nem turistas, nem estudantes, nem trabalhadores, nenhum cidadão chinês poderá entrar no país.

Os passageiros recém-diagnosticados com o vírus serão levados do navio para o hospital e, depois do tratamento, terão de passar por outra quarentena. Quase 500 passageiros sem sintomas, com resultados negativos nos exames e que não tiveram contatos com pessoas portadoras do vírus, vão desembarcar, após o isolamento de 14 dias, informou o Ministério japonês da Saúde.

Depois da saída do último passageiro, a tripulação também será submetida a uma quarentena. “Estou aliviado. Quero descansar”, declarou um japonês de 77 anos, que pretendia usar o transporte público para voltar para sua casa. “A vida a bordo era confortável, estou bem”, respondeu ao ser questionado sobre a quarentena.

O número de infecções a bordo do navio de cruzeiro, atracado no porto de Yokohama, não parou de aumentar desde o início de fevereiro. As 3.711 pessoas de 56 países a bordo faziam um cruzeiro pela Ásia que virou um pesadelo: entre o medo de contrair uma pneumonia viral que pode ser fatal e o tédio do confinamento em suas cabines, algumas delas sem janela, e com uma caminhada curta no convés como única distração.

David Abel, um passageiro britânico que ganhou fama com os vídeos publicados no início da quarentena, descreveu o estado de ânimo dos passageiros confinados. “O mais duro é não saber o que vai acontecer. Começa a nos afetar mentalmente. É muito difícil se concentrar em algo”, disse Abel.

Além dos casos na China continental, quase 900 casos foram registrados em diversos países e apenas cinco mortes (na França, Japão, Filipinas, Taiwan e Hong Kong). A cada dia são detectados dezenas de novos casos a bordo, o que provocou críticas à eficácia da quarentena, durante a qual os passageiros eram autorizados a caminhar em pequenos grupos pelo convés, de máscaras. Os tripulantes distribuíam comida pelas cabines.

Mortos no Irã Na China, berço da epidemia do novo coronavírus, o balanço da doença supera 2 mil mortos e 74 mil infectados. Desses, 1,6 mil foram registrados nas últimas 24 horas. Dois idosos morreram no Irã por causa do novo coronavírus, informou ontem a agência oficial Irna.


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