Um juiz americano rejeitou, na terça-feira (18), um recurso do gigante chinês das telecomunicações Huawei contra uma proibição para que as agências federais dos Estados Unidos comprem seus produtos e serviços.
No ano passado, a Huawei havia apresentado um recurso de inconstitucionalidade contra a decisão do governo Donald Trump, de maio de 2019, de proibir as agências federais de adquirirem seus equipamentos e serviços, assim como de trabalharem com terceiros que fossem seus clientes.
A disputa era uma das várias já tomadas no âmbito da guerra comercial entre Pequim e Washington, que acusa a Huawei de roubar segredos comerciais de companhias americanas. Washington também adverte seus aliados de que os equipamentos da companhia chinesa poderão ser usados para espionar outros países.
A Huawei nega e acusa os Estados Unidos de lhe imporem restrições "anticonstitucionais" para ingressar no mercado americano.
Em sua sentença, o juiz de distrito Amos Mazzant considerou que uma relação contratual com o governo federal americano não implicava um direito constitucional garantido.
Acrescentou ainda que a proibição estava justificada no âmbito de uma investigação do Congresso "sobre uma potencial ameaça contra a cibersegurança" dos Estados Unidos.
Em um comunicado, a Huawei manifestou sua decepção, afirmando que "continuará considerando suas opções legais" contra a sentença.