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Estado de Minas

CIDH diz que Chile vive uma 'grave crise' de direitos humanos


postado em 31/01/2020 20:19

O Chile "está passando por uma grave crise de direitos humanos" mais de três meses após o início da mobilização social que deixou 31 mortes, informa um relatório preliminar divulgado nesta sexta-feira (31) sobre a situação do país apresentado pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH).

Após pedir um minuto de silêncio pelos mortos nos protestos desde 18 de outubro, quando começou a pior crise social do Chile desde o retorno à democracia em 1990, Esmeralda Arosemena, presidente da CIDH, fez a apresentação do documento em Santiago.

"Quero partir de uma ideia central que tem a comissão, que é o reconhecimento que hoje o Chile vive uma situação de grave crise em relação aos Direitos Humanos", afirmou Arosemena, advertindo que o relatório final será apresentado nos próximos meses.

O documento - divulgado após uma semana de trabalho de uma equipe da CIDH- manifesta que durante as mobilizações ocorreram "vários casos de abusos, detenções e usos desproporcionais da força", por parte dos agentes de segurança do estado, devido a uma "falta de alinhamento aos padrões internacionais na gestão dos protestos".

A polícia chilena tem sido alvo de questionamentos por organismos humanitários pelo uso abusivo força para conter as manifestações no país e que deixou duras sequelas.

Entre os casos que mais repercutiram destaca-se o número de pessoas com lesões graves nos olhos, cerca de 400, por disparos de armas não letais e balas de borracha durante confrontos com manifestantes.

Segundo um relatório apresentado nesta sexta-feira pelo Ministério Público chileno, 31 pessoas morreram até 28 de janeiro, quatro delas por ação de agentes do estado e dois que estavam sob custódia policial. Mais de 5.500 pessoas foram vítimas de violações dos direitos humanos.

A CIDH pediu às autoridades chilenas que "adotem medidas imediatas para cessar os atos de abuso da força" e que sejam investigadas as denúncias de violações dos direitos humanos para punir os culpados.

O organismo dependente da Organização dos Estados Americanos (OEA), acrescentou que mais 4.000 agentes de segurança forma feridos nos distúrbios.


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