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Estado de Minas

Países aumentam restrições a viagens à China e aceleram repatriações


postado em 31/01/2020 19:25

Vários países aumentam suas medidas de precaução, protegem suas fronteiras e aceleram processo de repatriação dos seus cidadãos chineses nesta sexta-feira (31) como forma de frear a propagação do coronavírus, que já deixou 213 mortos na China e levou a Organização Mundial de Saúde (OMS) a declarar emergência internacional.

De acordo com as autoridades chinesas, a epidemia tem um balanço de 213 mortos, com quase 10.000 casos confirmados de contaminação e 102.000 pessoas em observação.

"Estou me sentindo culpado e com remorso. Se tivesse tomado as medidas restritivas antes o resultado teria sido melhor do que o atual", disse Ma Guoqiang, secretário do Partido Comunista Chinês (PCC) em Wuhan.

O embaixador chinês para a ONU em Genebra, Xu Chen, comentou que "não há motivo para entrar em pânico desnecessariamente, nem tomar medidas extremas", e ressaltou que "a OMS confia plenamente na China".

No entanto, as medidas de precaução continuam aumentando. O Departamento de Estado americano emitiu uma advertência de viagem de nível quatro, para pedir aos americanos que "não viajem" à China devido à epidemia provocada por um novo coronavírus.

Segundo Hua Chunying, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, as medidas de Washington "não são corretas nem apropriadas".

Após uma reunião em Genebra na quinta-feira, a OMS declarou emergência internacional pela epidemia, depois de fortes críticas pela demora da organização em alertar sobre a gravidade do cenário.

"Declaro a epidemia uma emergência de saúde pública de alcance internacional", disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, depois de uma reunião em Genebra.

Países como Vietnã, Mongólia, Cingapura, Israel, Guatemala e El Salvador decidiram vetar a entrada de turistas procedentes da China. Alguns países africanos, por sua vez, colocaram equipes de saúde nos aeroportos e suspenderam vistos de entrada dos chineses.

- Primeiros casos no Reino Unido e Rússia -

Wuhan, uma cidade de cerca de 11 milhões de habitantes, está literalmente isolada do mundo desde o último 23 de janeiro, como forma de conter a propagação da epidemia.

Embora a grande maioria dos casos de contaminação estejam na China, vários países tem detectado infecções, principalmente de pessoas que chegam da China.

No Reino Unido foram confirmados os primeiros casos nesta sexta-feira, em membros de uma mesma família, conforme anunciaram autoridades.

A Rússia também confirmou hoje que há dois casos de coronavírus em seu território, e anunciou a retirada de vários de seus cidadãos de cidades chinesas.

- Repatriações -

Por conta do número de chineses diagnosticados com o vírus no exterior, o governo da China decidiu enviar aviões para repatriar cidadãos de Wuhan que estão fora do país, para levá-los de volta à cidade "o mais rápido possível", informou nesta sexta-feira o Ministério das Relações Exteriores.

Outros países também iniciaram as operações de repatriação dos seus cidadãos.

O Estados Unidos e o Japão foram os primeiros países a trazer alguns dos seus cidadãos de volta, na última quarta-feira.

Nesta sexta-feira, um avião transportou 83 britânicos, 19 espanhóis, um polaco morador da Espanha e uma chinesa casada com um espanhol, quatro dinamarqueses e um norueguês de volta aos seus respectivos países. Nenhum deles apresentou sintomas segundo exames realizados.

Outro avião francês aterrissou no sul do país com 200 passageiros franceses vindos de Wuhan. Os repatriados permanecerão em observação por 14 dias, próximo a Marselha.

Itália, Alemanha, Canadá e Bangladesh também organizam suas próprias operações de repatriação.

O Estados Unidos impôs a quarentena aos 195 americanos que chegaram a uma base militar na Califórnia na última quarta-feira. Nenhum deles apresentava sintomas ao desembarcar.

No Japão, no entanto, dos 206 repatriados, três estavam infectados.

Grandes empresas como Toyota, IKEA, Starbucks, Tesla, McDonald's e a Foxconn decidiram suspender temporariamente as suas atividades na China.


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