A Justiça do Equador condenou nesta quinta-feira a um ano de prisão a ex-vice-presidente María Alejandra Vicuña por fazer cobranças indevidas de seus funcionários quando era legisladora, informou o Ministério Público.
O tribunal da Corte Nacional de Justiça também sancionou Vicuña com o pagamento de 173.180 dólares e o confisco de uma propriedade na cidade costeira de Guayaquil (sudoeste), depois de a considerar "autora de concussão", um crime cometido por funcionários públicos ao exigir dinheiro de terceiro, abusando de sua posição, disse o promotor em sua conta no Twitter.
Vicuña defendeu sua inocência ao sair da audiência e previu que recorreria da sentença de primeira instância, sem especificar quando.
Vicuña foi eleita vice-presidente do Legislativo em janeiro de 2018 na ausência no cargo do titular Jorge Glas, condenado a seis anos de prisão por receber propinas por US$ 13,5 milhões da construtora brasileira Odebrecht.
A investigação contra a funcionária começou em 2018, quando o advogado Ángel Sagbay, ex-consultor da Vicuña, informou que entre 2012 e 2013 ele fazia depósitos mensais de cerca de US$ 23.000 em uma conta bancária do então deputado.
De acordo com o Ministério Público, o ex-vice-presidente também recebeu dinheiro de outros dois ex-colaboradores por US$ 14.605 e US$ 5.345. O dinheiro teria servido para financiar sua organização política quando era parlamentar pela Alianza País.