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Estado de Minas

Número de infecções por novo coronavírus na China supera o da Sars


postado em 29/01/2020 00:13

O número de infecções pelo novo coronavírus na China superou o registrado pela epidemia de Sars (Síndrome Respiratória Aguda Grave) no país entre 2002 e 2003, segundo dados oficiais divulgados nesta quarta-feira.

As autoridades de saúde chinesas relataram nesta quarta 5.974 casos confirmados da doença e 132 mortos na China continental.

A comissão nacional de Saúde chinesa informou que estão sendo monitorados mais de 9.000 casos suspeitos de infecção pelo vírus.

O vírus da Sars, também um coronavírus, infectou 5.327 pessoas na China continental e causou 349 mortes no país.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a epidemia de Sars deixou 774 mortos, entre os 8.096 casos registrados em 2002-2003, antes de ser controlada.

Como o Sars, o novo vírus que apareceu em Wuhan (centro) em dezembro é transmitido entre pessoas e causa sérios problemas respiratórios.

Este vírus, batizado 2019-nCoV, e o vírus da Sars pertencem à mesma família de coronavírus e têm 80% de semelhanças genéticas. Mas 2019-nCoV é menos "forte" e mais contagioso.

Por outro lado, o novo vírus tem um período de incubação de até duas semanas e "o contágio é possível durante o período de incubação", mesmo antes do aparecimento dos sintomas ", que também é muito diferente da Sars", disse Ma Xiaowei, chefe da Comissão Nacional de Saúde (CNS) chinesa.

A mortalidade do novo coronavírus está bem abaixo, embora, de acordo com especialistas, os dados sejam apenas indicativos, porque o número real de pessoas infectadas é desconhecido, pois pacientes com poucos ou nenhum sintoma não foram detectados.

- Austrália copia novo coronavírus -

Na austrália, cientistas conseguiram fazer uma cópia do coronavírus que apareceu em dezembro na China, no que descrevem como um passo na luta contra a atual epidemia de pneumonia viral.

O Instituto Melbourne Doherty anunciou nesta quarta-feira que criou, pela primeira vez fora da China, um novo coronavírus a partir da amostra obtida de um paciente infectado.

"Obter o vírus real significa que agora temos a capacidade de validar e verificar todos os nossos testes e comparar reações e sensibilidades", disse um dos diretores do laboratório, Julian Druce.

"É essencial para o diagnóstico", acrescentou.

A China conseguiu rapidamente sequenciar o genoma desse novo coronavírus e publicar os resultados, permitindo que cientistas de todo o mundo desenvolvessem novas ferramentas de diagnóstico.

No entanto, a China não compartilhou o vírus com laboratórios em todo o mundo, o que o instituto australiano fará agora, através da OMS.

De acordo com o vice-diretor do Instituto Doherty, Mike Catton, essa réplica do novo vírus chinês permitirá que os cientistas criem anticorpos para teste, para que seja possível detectar o vírus nos pacientes antes mesmo de desenvolverem os sintomas da doença.


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