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Estado de Minas EPIDEMIA

China reconhece avanço de vírus

Diante da %u201Csituação grave%u201D, como admitiu o presidente Xi Jinping, isolamento e a prevenção são intensificados


postado em 26/01/2020 04:00 / atualizado em 25/01/2020 22:08

Com muitas celerabrações de ano novo suspensas, o que valeu em Hong Kong foi a prece de pessoas que usavam máscaras como prevenção (foto: Dale de La Rey/AFP )
Com muitas celerabrações de ano novo suspensas, o que valeu em Hong Kong foi a prece de pessoas que usavam máscaras como prevenção (foto: Dale de La Rey/AFP )

Pequim e Wuhan – A epidemia de pneumonia viral que matou 54 pessoas na China “está se acelerando” e coloca o país asiático em “situação grave”, reconheceu ontem o presidente Xi Jinping, pedindo o fortalecimento da autoridade do regime comunista. O novo coronavírus, que apareceu em dezembro no Centro do país, contaminou 1.610 pessoas na China, e já se espalhou por 12 países, incluindo Canadá, Austrália, França, Estados Unidos e diversas nações asiáticas.
 
A China pode “vencer a batalha” contra o novo coronavírus, disse o chefe de Estado chinês em reunião do comitê permanente do Bureau Político do Partido Comunista, a instância de sete membros que administra o país, segundo a agência de notícias oficial Xinhua. “Dada a grave situação de uma epidemia que se acelera, é necessário fortalecer a liderança centralizada e unificada do Comitê Central do Partido”, afirmou.
 
Na segunda-feira passada, em suas primeiras declarações, ele pediu medidas para “parar” a epidemia. Na quinta-feira, a cidade de Wuhan, epicentro dos casos de contaminação, e seu entorno foram colocadas em quarentena. Desde então, 56 milhões de chineses estão isolados em áreas das quais não podem sair até novo aviso.
 
Mais de 40 milhões de chineses foram isolados em suas cidades com a imposição de restrições, na sexta-feira, para evitar a propagação de um novo tipo de coronavírus. Um contingente de 450 membros do corpo médico do Exército Popular de Libertação (EPL) chegou, por avião, a Wuhan para participar da luta contra o novo vírus, informou ontem a agência de notícias Xinhua. Vários integrantes do grupo já têm experiência no combate a vírus epidêmicos, como o ebola e o SRAS (Síndrome Respiratória Aguda Grave).
 
Na região de Wuhan, epicentro da atual epidemia, 13 prefeituras adotaram medidas de confinamento em torno da metrópole de 11 milhões de habitantes, onde se detectou o vírus em dezembro. Autoridades das cidades de Jingzhou, Xianning, Xiaogan, Enshi e Zhijiang – todas situadas na província central de Hubei, onde o vírus se manifestou inicialmente – anunciaram que os serviços de transportes públicos, tanto de ônibus quanto estações de trem e metrô, estão suspensos.
 
Ano-novo fraco Como medida preventiva, após o surto de coronavírus, no Sudeste da China, as pessoas usaram máscaras, ontem, enquanto rezavam no templo Wong Tai Sin no primeiro dia do ano-novo Lunar do Rato em Hong Kong. A cidade  declarou um surto misterioso de vírus como “emergência” – o nível mais alto de alerta. As comemorações do ano-novo chinês foram mínimas e pouco festivas. Nas ruas de Wuhan, não houve fogos de artifício nem desfiles de dragões.
 
Em Pequim e outras áreas da China, muitas celebrações do ano-novo foram suspensas. A capital parecia deserta e os restaurantes estavam praticamente vazios. Muitos locais turísticos, como a Cidade Proibida ou partes da Grande Muralha, foram fechados para reduzir o risco de infecção. O estádio nacional de Pequim, chamado de Ninho, construído para os Jogos Olímpicos de 2008, permanecerá fechado até dia 30. Na quinta-feira, a trupe canadense Cirque du Soleil já havia informado o cancelamento de suas apresentações em Hangzhou, pelo mesmo motivo.
 
O governo chinês intensificou, ontem, as medidas de isolamento, controle e prevenção para impedir a propagação da epidemia e decidiu se mobilizar. Restrições de tráfego em Wuhan, alerta máximo em Hong Kong, verificações sistemáticas nos transportes de norte a sul: a China luta para conter o vírus.  Nos limites da zona proibida de Wuhan, cerca de 20 quilômetros ao Leste do Centro da cidade, os veículos tentavam atravessar o pedágio de uma rodovia, mas eram obrigados a voltar.“Ninguém pode sair”, repetia um policial.

Alerta chega à Austrália


A Austrália confirmou ontem seu primeiro caso de contaminação pelo coronavírus. O paciente, um homem, chegou a Melbourne há uma semana procedente da cidade de Wuhan, epicentro da epidemia, anunciaram as autoridades australianas. Segundo Brendan Murphy, responsável de saúde pública do governo australiano, as autoridades do estado de Victoria seguiram “estritamente os protocolos, incluindo o isolamento do infectado”. “O paciente está com pneumonia e seu quadro é estável”. O ministro australiano da Saúde, Greg Hunt, informou que os passageiros do voo no qual o homem estava foram contatados “para informação e conselhos”.


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