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Estado de Minas

Mais de 40 milhões de chineses estão confinados em 13 cidades por novo vírus


postado em 25/01/2020 00:31

Mais de 40 milhões de chineses foram isolados em suas cidades com a imposição de restrições, na sexta-feira, para se evitar a propagação de um novo coronavírus, que já matou 41 pessoas no gigante asiático.

Em seu último boletim, a China informa 41 óbitos e 444 novos casos, o que eleva a 1.287 o número de pessoas infectadas.

Um contingente de 450 membros do corpo médico do Exército Popular de Libertação (EPL) chegou de avião a Wuhan para participar da luta contra o novo vírus, informou neste sábado a agência de notícias Xinhua.

Vários integrantes do grupo já têm experiência no combate a vírus epidêmicos, como o Ébola e o SRAS (Síndrome Respiratória Aguda Grave).

Na região de Wuhan, epicentro da atual epidemia, 13 prefeituras adotaram medidas de confinamento em torno da metrópole de 11 milhões de habitantes, onde se detectou o vírus em dezembro.

Autoridades das cidades de Jingzhou, Xianning, Xiaogan, Enshi e Zhijiang - todas situadas na província central de Hubei, epicentro do vírus - anunciaram que os serviços de transportes públicos, tanto de ônibus quanto estações de trem e metrô, estão suspensos.

Estas cidades são as últimas em Hubei a impor restrições às viagens nestas 24 horas, na tentativa de prevenir a propagação do novo coronavírus da família da SRAS (Síndrome Respiratória Aguda Severa).

As autoridades de Hubei também anunciaram a suspensão de eventos culturais e públicos.

Os serviços de táxi também ficam restringidos, e as agências de viagens da província suspenderam suas atividades e deixaram de organizar excursões, anunciaram autoridades locais nesta sexta.

Cidades como Zhijiang, de 550.000 habitantes, fecharam todas as lojas, à exceção das farmácias, enquanto Enshi, de 800.000 habitantes, fechou todos os centros de lazer.

Na quinta-feira, todos os voos, trens, ônibus e embarcações de passageiros procedentes de Wuhan foram suspensos, deixando esta metrópole praticamente isolada.

A propagação do vírus surpreendeu a China, em meio às festividades do Ano Novo chinês, uma época marcada por inúmeras celebrações públicas e em que milhões de pessoas voltam para suas cidades de origem para passar as festas com a família.

O governo chinês anunciou hoje a construção de um hospital de 25.000 m2 destinado a receber cerca de mil pacientes vítimas do coronavírus. De acordo com a agência de notícias Xinhua, o serviço estará disponível a partir de 3 de fevereiro.

Imagens transmitidas pela televisão mostravam o maquinário iniciando os trabalhos no terreno onde o centro médico será erguido em Wuhan. Serão aceitos apenas doentes desta pneumonia viral de origem ainda desconhecida.

O estabelecimento "vai aliviar a escassez de recursos médicos", anunciou esta agência pública de notícias.

Durante a epidemia de SARS em 2003, a China construiu um hospital em tempo recorde: uma semana.

Também nesta sexta, primeiro dia de férias do Ano Novo chinês, o parque de diversões da Disneylândia em Xangai anunciou que vai permanecer fechado até nova ordem, devido à propagação do coronavírus.

Esta decisão foi tomada "com fins preventivos e de controle da epidemia e para preservar a saúde" de seus clientes e funcionários, explicou o Shanghai Disney em sua página institucional on-line.

Além disso, setores da famosa Grande Muralha da China foram fechados, bem como monumentos emblemáticos como os túmulos dos Ming e a floresta de pagodes.

O estádio nacional de Pequim, chamado de "ninho", construído para os Jogos Olímpicos de 2008, vai permanecer fechado até 30 de janeiro.

Ontem, a trupe canadense Cirque du Soleil já havia informado o cancelamento de suas apresentações em Hangzhou, pelo mesmo motivo.

"Neste momento, todos nós temos a responsabilidade de dar um passo à frente e adotar atividades preventivas. Vamos continuar à frente destes esforços, colocando a saúde e a segurança das pessoas como nossa prioridade máxima", afirmou o diretor do Cirque du Soleil, Daniel Lamarre, em um comunicado.

Esta nova cepa do coronavírus foi identificada pela primeira vez em um mercado de mariscos e animais vivos na cidade de Wuhan, capital da província de Hubei.

Sua semelhança com a SRAS, que deixou cerca de 650 mortos na China e em Hong Kong entre 2002 e 2003, está causando alarme.

Nesta sexta o Nepal anunciou um caso confirmado, o primeiro no sul da Ásia, enquanto os Estados Unidos confirmaram dois casos e 50 suspeitos. Os três primeiros casos na Europa foram confirmados nesta sexta-feira na França.


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