Os Estados Unidos ainda não começaram as negociações com o Iraque sobre a retirada de suas tropas do país asiático, conforme exigido pelo parlamento iraquiano, informou nesta quinta-feira uma fonte diplomática americana.
"Não houve nenhum compromisso real", disse o embaixador James Jeffrey, enviado especial dos Estados Unidos para a Síria e para a coalizão contra o grupo Estado Islâmico (EI).
"Nossa posição, como sabem, já dissemos várias vezes, é que estamos preparados para discutir com o governo iraquiano nossa relação estratégica geral", disse Jeffrey à imprensa.
O diplomata afirmou que há "um Acordo de Marco Estratégico com o Iraque desde 2008 (...). Cobre o compromisso econômico, de segurança e diplomático em todos os âmbitos".
"Vemos isso como um pacote", assegurou o emissário, acrescentando que "quando estivermos sentados e conversando com eles, aí que tentaremos dirigir a conversa".
Jeffrey informou que as operações contra combatentes do Estado Islâmico foram suspensas desde o ataque com drones em 3 de janeiro, perto do aeroporto de Bagdá, que matou o general iraniano Qassem Soleimani, gerando alta tensão com Teerã, que respondeu dias depois lançando mísseis contra bases militares onde soldados americanos estavam alojados.
Em meio à preocupação da comunidade internacional, o parlamento iraquiano votou imediatamente pela retirada das forças estrangeiras instaladas no país. As tropas americanas estão no Iraque desde a invasão em 20 de março de 2003.
No entanto, Jeffrey disse que as operações dos Estados Unidos contra o EI não serão mantidas para sempre.
O maior contingente da coalizão estrangeira presente no Iraque é americana com cerca de 5.200 soldados.