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Pedro Sánchez pede o fim do bloqueio político na Espanha e defende diálogo na Catalunha


postado em 04/01/2020 08:13

O socialista espanhol Pedro Sánchez (PSOE) defendeu, neste sábado (4), perante os deputados, sua candidatura para ser empossado na próxima semana pelo Congresso espanhol como presidente de um governo de coalizão de esquerdas, amparado por parte do separatismo catalão.

"A Espanha não vai se romper, nem a Constituição, o que romperá será o bloqueio" político, que prevalece há oito meses, declarou Sánchez à atenção da direita e da extrema direita que o acusam de "vender" o país aos separatistas.

"O governo vai trabalhar para superar o conflito político na Catalunha (...) O diálogo no âmbito da Constituição será uma prioridade absoluta", insistiu o atual chefe de Governo.

Sánchez apresentou ao Parlamento o programa de governo que os socialistas pretendem formar com seus ex-rivais do partido anti-austeridade Podemos.

Ele prevê aumentar os salários mais baixos, aumentar os impostos sobre as grandes e mais ricas empresas, além da derrogação parcial de uma controversa reforma do mercado de trabalho de 2012. Também planeja uma lei de emergência climática e o endurecimento das penas para agressões sexuais.

O primeiro voto de confiança no domingo (5) não deve dar a ele a maioria absoluta necessária para retornar ao poder, o que levará a uma segunda votação na terça-feira, durante a qual ele precisará obter mais sim do que não.

Primeira força com 120 deputados, o PSOE busca formar um governo com o Podemos (35 deputados), que defende um programa social, ambientalista e feminista.

As chances são grandes para que o socialista obtenha os votos necessários na terça-feira, uma vez que o principal partido separatista catalão, o ERC (Esquerda Republicana da Catalunha), validou na quinta-feira um acordo concluído com os socialistas e prometeu que seus 13 deputados permitiriam a posse de Sánchez por abstenção.

O pacto contempla a criação em duas semanas de "uma mesa de diálogo", cujos futuros acordos serão submetidos "à consulta da população da Catalunha", apesar dos socialistas descartam que seja um referendo de autodeterminação.

O ERC e os socialistas concordaram que os governos central e regional iniciarão em breve um diálogo para resolver o conflito político sobre o futuro da Catalunha.

Sob as vaias dos deputados de direita, o socialista no poder há um ano e meio reconheceu a existência de "um conflito de natureza política" na Catalunha, palco em 2017 de uma tentativa de secessão.

"Existe em grande parte da população catalã um sentimento de injustiça em relação às instituições centrais", observou ele, e "outro segmento igualmente grande que se sente ignorado ou tratado injustamente pelas instituições (regionais separatistas) de sua própria terra".

"Não podemos impor ou proibir sentimentos e o que proponho é retomar o diálogo político (...) abandonando a judicialização do conflito", disse ele, enquanto nove líderes separatistas foram condenados à prisão em meados de outubro pela tentativa de secessão de 2017.

"O diálogo, sempre dentro da estrutura da Constituição, será nossa principal prioridade", insistiu Sánchez.


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