A agência de classificação de risco S&P; retirou a nota de "moratória seletiva" atribuída à dívida da Argentina, mas manteve uma perspectiva negativa.
A agência "eleva a nota da dívida soberana de longo prazo em moeda estrangeira da Argentina de 'SD/D' para 'CC/C'", indica um comunicado da agência de classificação, que, no entanto, estima que "a perspectiva de longo prazo da dívida soberana é negativa".
A classificação de "inadimplência seletiva" foi atribuída há 10 dias quando Buenos Aires diferiu unilateralmente o pagamento de vencimentos em dólares.
Para a S&P;, uma dívida classificada como "CC" é "altamente vulnerável à inadimplência" e essa inadimplência é quase "uma certeza virtual".
A S&P; atribuiu a melhoria do rating ao governo, que "conduziu com sucesso vários leilões de dívida em pesos no mercado local e pagou o Bopomo (Bônus da Taxa de Política Monetária) que expirou em 23 de dezembro".
Em 20 de dezembro, a S&P; e a Fitch disseram que a Argentina entrou em default seletivo depois que o governo adiou unilateralmente até agosto o pagamento de cerca de US$ 9 bilhões em vencimentos de curto prazo em dólar.
Dois dias, a Fitch também elevou a nota de dívida da Argentina para "CC" depois que o governo garantiu a sanção de medidas para melhorar a cobrança de impostos.
A Argentina está passando por uma recessão econômica desde o segundo trimestre de 2018, com uma inflação de 48,3% até novembro e uma desvalorização da moeda de 38% nesse período.
A queda do PIB foi de 2,5% em 2018, enquanto o FMI estimou que o declínio em 2019 será de 3,1%.