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Estado de Minas

Espanha vai investigar confuso incidente na embaixada do México na Bolívia


postado em 28/12/2019 12:37

A Espanha enviará funcionários à Bolívia para esclarecer o que aconteceu na sexta-feira na residência da embaixadora mexicana em La Paz, cujas autoridades denunciaram que homens espanhóis encapuzados tentaram entrar "clandestinamente" na sede diplomática, onde estão refugiados membros do governo do ex-presidente Evo Morales.

O incidente, confuso até o momento, poderia agravar as tensas relações entre México e Bolívia e salpicar também a Espanha. O governo boliviano já denunciou um "atropelo a sua soberania".

Segundo a ministra boliviana de Relações Exteriores, Karen Longaric, pessoas "identificadas como funcionários da embaixada da Espanha na Bolívia, acompanhados por encapuzados, tentaram entrar de forma clandestino e clandestina na residência diplomática do México em La Paz".

Longaric detalhou que "a entrada de veículos (diplomáticos espanhóis) foi freado" e garantiu que a presença de encapuzados ou homens armados é uma "ameaça" para a sede diplomática mexicana, "contravém as práticas diplomáticas e vulnerabiliza o princípio de inviolabilidade".

O governo espanhol explicou que o incidente ocorreu quando a encarregada de Negócios na Bolívia, Cristina Borreguero, e o cônsul, Alvaro Fernández, visitaram a sede diplomática mexicana na sexta-feira.

"O Ministério de Relações Exteriores concordou com abrir uma investigação dos fatos ocorridos durante a visita", disse o governo em um comunicado no sábado.

"Vamos enviar funcionários do ministério em Madri para a investigação", acrescentou um porta-voz do ministério à AFP.

Ex-funcionários do governo de Morales - que renunciou em 10 de novembro, após protestos opositores violentos que denunciaram uma fraude nos resultados das eleições gerais de outubro - estão asilados na legação mexicana.

Entre os asilados estão os ex-ministros da Presidência, Juan Ramón Quintana, e da Cultura, Wilma Alanoca, sobre quem pairam ordens de prisão.

- Assédio -

Pessoas próximas de Morales são acusadas de "sedição e terrorismo" e de terem promovido a violência social que terminou com 36 mortes, segundo a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH).

O governo da presidente interina da Bolívia, Jeanine Áñez, não lhes concedeu salvo-condutos, e o México se recusa a entregá-los.

O Ministério Público da Bolívia também tem um caso aberto contra o próprio Morales, que se refugiou no México após a renúncia e está asilado na Argentina desde 12 de dezembro.

Em um comunicado, o Ministério das Relações Exteriores do México apresentou uma versão diferente do incidente em sua sede diplomática, ocorrido após uma "visita de cortesia" dos diplomatas espanhóis à embaixadora mexicana em La Paz, Maria Teresa Mercado.

Após a reunião "os diplomatas espanhóis foram informados de que seus carros haviam sido parados no acesso à urbanização", pelas forças de segurança bolivianas, e "eles não obtiveram permissão para passar".

A secretaria explica que o Ministério das Relações Exteriores da Bolívia disse que os diplomatas teriam que caminhar até seus veículos e, como recusaram, um carro do governo boliviano veio buscá-los uma hora depois.


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