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Estado de Minas

ONGs denunciam detenção de jornalista no Marrocos


postado em 27/12/2019 16:55

Várias ONGS criticaram nesta sexta-feira (27) a prisão do jornalista marroquino e ativista de direitos humanos Omar Radi, que foi preso no dia anterior no Marrocos por ter criticado no Twitter uma decisão da Justiça de seu país.

Após uma audiência na quinta-feira, Radi foi preso e seus advogados pediram sua libertação, mas o tribunal de primeira instância de Casablanca se recusou a fazer isso e marcou sua próxima audiência para 2 de janeiro.

Radi, de 33 anos, criticou o veredicto de um magistrado contra membros do Hirak, um movimento de protesto social que percorreu o norte de Marrocos em 2016 e 2017.

Radi é julgado nos termos do artigo 263 do código penal que pune a "ofensa a magistrado" com pena de prisão entre um mês e um ano.

A prisão desse jornalista, considerado uma figura da mídia no Movimento de 20 de fevereiro, a versão marroquina da Primavera Árabe, gerou indignação entre as ONGs e as redes sociais.

"Instamos as autoridades marroquinas a revogarem todos os artigos do Código Penal aplicáveis à liberdade de expressão", disse o Repórteres Sem Fronteiras em comunicado nesta sexta-feira, pedindo a "libertação imediata" do jornalista.

A União Nacional de Imprensa Marroquina (SNPM) pediu a "anulação imediata" das ações judiciais contra Omar Radi.

Fora do Marrocos, em comunicado divulgado nesta sexta-feira, cinco ONGs tunisianas denunciaram essa prisão e pediram a libertação do jornalista.

Elas também condenaram em sua declaração os "crescentes ataques à liberdade de expressão" pelas autoridades marroquinas.

Um novo código de imprensa entrou em vigor no Marrocos em 2016 e não prevê mais penas de prisão, mas os jornalistas continuam sendo processados segundo o Código Penal.


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