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Estado de Minas INTERNACIONAL

Primeiro-ministro hindu acusa oposição por violentos protestos


postado em 22/12/2019 09:58

Intensos confrontos entre a polícia indiana e os manifestantes enfurecidos continuam, neste domingo, contra uma nova lei de cidadania considerada discriminatória por excluir os muçulmanos.

Enquanto os protestos seguiam em diversos locais de Nova Délhi, o primeiro-ministro Narendra Modi defendia sua legislação, acusando a oposição de empurrar o país para "a psicose do medo".

Essas são as manifestações mais importantes desde a chegada ao poder do governo nacionalista hindu do primeiro-ministro Narendra Modi em 2014.

Desde a semana passada, três pessoas foram mortas em todo o país em consequência da revolta provocada pela lei, aprovada no Parlamento no início deste mês, em protestos que representam o primeiro grande obstáculo à agenda nacionalista hindu de Modi desde a reeleição esmagadora de seu partido na primavera passada.

A maioria das mortes ocorreu no estado norte de Uttar Pradesh, onde 20% dos 200 milhões de habitantes são muçulmanos. A polícia, que nega qualquer irregularidade, disse que entre os 15 mortos no estado, estava um menino de 8 anos. Desde a semana passada, cerca de 900 pessoas já foram presas.

Autoridades de todo o país lutaram para conter a situação, proibindo reuniões públicas e bloqueando o acesso à Internet. O Ministério da Informação e Radiodifusão da Índia emitiu um comunicado na sexta-feira pedindo às emissoras que se abstenham de usar conteúdo que possa "inflamar mais violência".

Modi acusou o principal partido de oposição no Congresso de conspirar contra ele."Eles estão tentando todas as táticas para me tirar do poder", disse, pedindo aos manifestantes que desistam de ataques à polícia e outras formas de violência.

A nova lei que provocou a revolta permite que hindus, cristãos e outras minorias religiosas na Índia se tornem cidadãos se puderem demonstrar que foram perseguidos por causa de sua religião em Bangladesh, Paquistão e Afeganistão, de maioria muçulmana. Mas o mesmo não se aplica aos muçulmanos.

Críticos avaliaram a legislação como uma violação da constituição secular da Índia e chamaram de o mais recente esforço do governo de Modi deixar 200 milhões de muçulmanos à margem da sociedade.


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