O Pentágono anunciou nesta quinta-feira que verificou os antecedentes de todos militares sauditas que estão sendo treinados no território americano, e não encontrou nenhuma ameaça em potencial, duas semanas após um piloto da Arábia Saudita matar três soldados dos Estados Unidos em Pensacola, na Flórida.
O Departamento de Defesa examinou minuciosamente a identidade, as atividades passadas e os comentários nas redes sociais de cerca de 850 militares sauditas que estão nos Estados Unidos, disse à imprensa Garry Reid, chefe de inteligência e segurança do órgão.
"Podemos anunciar que nenhuma informação foi descoberta que represente um cenário de ameaça imediata", declarou.
O FBI continua investigando o tiroteio de Pensacola, durante o qual um membro do exército saudita abriu fogo na sala de aula de uma base aérea, deixando três mortos e dez feridos antes de serem mortos pela polícia.
Antes do ataque, o agressor postou no Twitter mensagens hostis aos Estados Unidos, de acordo com o grupo de monitoramento dos movimentos jihadistas SITE. Investigadores americanos procuram saber se o atacante agiu sozinho.
O treinamento operacional das forças armadas sauditas, que foi suspenso após o crime, pode ser retomado, mas as operações provavelmente sofrerão reduções severas durante o período de férias, segundo uma fonte do Pentágono que pediu anonimato.
Cerca de 5 mil militares estrangeiros de várias nacionalidades estão sendo treinados atualmente nos Estados Unidos.