O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, denunciou nesta terça-feira a violência provocada na Bolívia por agentes internos e externos, no mesmo dia em que o ex-presidente boliviano Evo Morales garantiu, na Argentina, que seu partido vencerá as próximas eleições.
Em um tuíte, Trump declarou seu apoio à presidente interina da Bolívia, Jeanine Áñez, que assumiu com a promessa de organizar novas eleições após a renúncia de Morales, em meio a uma onda de protestos por suposta fraude na votação presidencial de 20 de outubro passado.
"Apoiamos Jeanine Áñez na Bolívia enquanto trabalha para garantir uma transição democrática pacífica através de eleições livres", escreveu Trump sobre a ex-senadora.
"Denunciamos a violência em curso e os que a provocam, tanto na Bolívia como de longe. Os Estados Unidos apoiam o povo da região pela paz e a democracia".
Os incidentes envolvendo a renúncia de Morales deixaram 36 mortos, segundo a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), que acertou com o governo interino a instalação de um grupo independente para investigar os acontecimentos.
"Estou convencido de que vamos vencer as próximas eleições. Não serei candidato, mas tenho o direito de fazer política", afirmou Morales, asilado na Argentina e líder do Movimento ao Socialismo (MAS).
Áñez convocou eleições para 2020, em data a ser definida pelo Tribunal Eleitoral.
O assessor da Casa Branca Mauricio Claver-Carone questionou na sexta-feira a atitude de Morales na Argentina, vizinha à Bolívia.
"Creio que Evo Morales na Argentina, fomentando instabilidade e violência na Bolívia, diante da proximidade que tem, obviamente é algo muito negativo para a região".
"Seria algo muito negativo para a democracia e, obviamente, veríamos como um grave problema em nossa relação", disse Claver-Carone sobre os vínculos entre Washington e Buenos Aires.