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Estado de Minas

China defende polêmicos campos para uigures muçulmanos


postado em 09/12/2019 08:19

A China defendeu nesta segunda-feira seus controversos campos de "formação" em Xinjiang, onde estariam detidos mais de um milhão de muçulmanos, após a publicação de documentos governamentais explosivos que denunciam a vigilância e controle desta população nesta grande região limítrofe com a Ásia central.

Em novembro, o jornal New York Times publicou mais de 400 páginas de documentos secretos que ilustram os mecanismos de vigilância em Xinjiang, uma resposta a atentados atribuídos a islamitas de etnia uigur.

O tema ganhou tons políticos na semana passada, após a aprovação na Câmara de Representantes dos Estados Unidos de um projeto de lei com sanções contra altos funcionários chineses de Xinjiang.

Em uma entrevista coletiva em Pequim nesta segunda-feira, o presidente da região, Shohrat Zakir - um uigur -, desmentiu o número de um milhão de internados. Ele, no entano, não revelou a quantidade de pessoas que passaram pelo que Pequim chama de "centros de formação profissional" ao explicar que "as pessoas entram e saem" dos mesmos.

O governo chinês afirma que os centros estão destinados a prevenir o extremismo e a radicalização com o ensino de mandarim e de aptidões profissionais.

"Com a ajuda do governo, os estudantes encontraram um emprego estável e melhoraram a qualidade de vida", declarou Zakir.

Xu Hairong, líder do Partido Comunista Chinês na cidade de Urumqi, capital de Xinjiang, criticou o New York Times pelo vazamento de documentos e acusou o jornal de "deformar e caluniar com má intenção" os centros de formação.

Na entrevista coletiva desta segunda-feira, as autoridades chinesas também exibiram trechos de um documentário oficial sobre a luta contra o terrorismo na região.


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