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Estado de Minas

Cinco coisas a saber sobre a fauna da Antártica


postado em 30/11/2019 08:37

Apesar de sua imensidão, a Antártica, 99% coberta de gelo e neve, não é propícia à fauna terrestre. Com exceção do homem, considerado uma espécie não nativa, o maior animal terrestre é um mosquito de 6 mm, o Belgica Antarctica.

No entanto, a vida marinha é muito variada e oferece a mais rica diversidade depois dos recifes de coral.

Estas são as cinco coisas a saber sobre a fauna da Antártica.

- Os pinguins -

O pinguim é, sem dúvida, o animal mais emblemático do continente. Quatro espécies vivem na região durante o ano todo: o pinguim Adelia, o imperador, o de barbicha e o gentoo.

Esses últimos são rápidos debaixo d'água. Sua velocidade pode exceder 35 km/h, quase quatro vezes mais que a do nadador americano Michael Phelps, o mais rápido do mundo (9,6 km/h).

Na península, a população de pinguins gentoo tende a aumentar quando a dos adelia está em declínio.

Os cientistas explicam isso por uma diferença na dieta. Os primeiros têm uma dieta variada (krill, lula e peixe), enquanto os últimos dependem exclusivamente do krill.

Os pinguins são o prato favorito das focas, que podem engolir até 20 por dia.

- Pomba antártica -

Apesar de sua brancura imaculada e enganosa, o chionis alba (também conhecido como pomba antártica) é uma ave migratória catadora. São como "latas de lixo" da Antártica, segundo os cientistas. "Comem as fezes e o que é regurgitado dos pinguins, peixes e tudo o que morre", explica a ornitóloga Rebecca Hodgkiss.

- Baleia azul -

Na Antártica, a cadeia alimentar é geralmente muito curta e repousa principalmente sobre o krill, sem dúvida a biomassa mais abundante do planeta, segundo o instituto polar francês.

O maior animal do mundo, a baleia azul, cujo peso pode exceder 150 toneladas, alimenta-se principalmente desses pequenos camarões que, por sua vez, se alimentam de fitoplâncton.

"Não há baleias sem fitoplâncton", diz a bióloga americana Allison Cusick. Mas o oposto também é verdadeiro. Rico em ferro, o excremento de baleia fertiliza o fitoplâncton.

Uma baleia azul, uma das oito espécies de baleias encontradas na Antártica, consome até 3,6 toneladas de krill por dia.

- Cães proibidos -

Enquanto ajudaram Roald Amundsen em sua conquista do Pólo Sul em 1911, os cães são indesejáveis na Antártica.

O Protocolo de Madri sobre a proteção do meio ambiente, assinado oito décadas depois, em 1991, proíbe a introdução de espécies animais e vegetais não nativas.

O texto estabeleceu que todos os cães já presentes nessas regiões deveriam ser evacuados antes de 1º de abril de 1994.

Levados para as Malvinas para várias semanas de adaptação climática antes de retornarem à Grã-Bretanha, os últimos cães de trenó do British Antarctic Survey descobriram a grama, as ovelhas e as crianças.

- Espécies invasoras -

Apesar dos esforços, espécies invasoras são introduzidas pelo homem e podem competir com espécies locais.

O britânico Peter Convey, especialista em ecologia terrestre da Antártica, identificou cem delas nos últimos dois séculos. "99% das espécies invasoras vêm com os seres humanos", cientistas e turistas, afirma.

Na maioria dos casos, são plantas, mas também podem ser microorganismos ou insetos.

As atividades humanas "terão, de fato, um impacto muito maior nos ecossistemas antárticos do que a própria mudança climática", concluem Convey e seu colega do British Antarctic Survey, Lloyd Peck, em um estudo publicado esta semana na revista Science Advances.


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